Tuesday, December 18, 2007

PILOLO ATOMIKU

"PILOLO ATOMIKU"

O “Pilolo Atómico” foi o nome blasfemo, ou melhor, obsceno encontrado por um grupo de bêbados da nossa praça, em São Tomé, para baptizarem uma mistura de bebidas alcoólicas importadas do estrangeiro com algumas raízes de plantas nacionais com características medicinais. O poder das substâncias contidas nessas raízes contribui para iludir, alegadamente, uma determinada zona do cérebro humano, induzindo o organismo para o estado de excitação sexual e a consequente cópula. Normalmente consumida por indivíduos de sexo masculino, a bebida com características afrodisíacas provocou um alarido nos órgãos de comunicação social e na sociedade civil em geral, de modo que a notícia sobre a sua "descoberta" foi divulgada na “BBC”, que é um canal de informação britânico. Esta notícia não teria sido tão propagada, se os oportunistas, que tentaram adquirir a patente da marca "PILOLO ATÓMICO", não fossem estrangeiros, por sinal, portugueses que são proprietários do restaurante (que têm enriquecido com a ideia e produtos naturais da nossa terra) onde surgiu a ideia indecente sobre a droga que consumiam.


Dentro desse quadro atómico e perverso, surge então a figura principal da Nação são-tomense, Sr. Fradique Menezes, bastante excitado com a novidade que, não escondendo a sua satisfação, faz jus ao "invento", abençoando o produto que para si contribui em muito para o bem-estar e desenvolvimento da sociedade são-tomense. Do ponto de vista desta figura, a sociedade foi salva graças ao “pilolo”, fruto de vícios diabólicos de centenas de delinquentes, cambardas de corruptos e pilantras que frequentam as "tascas", embebedando-se de todo o tipo de bebidas que encontrem à venda, não contribuindo assim para as despesas alimentares do quotidiano. Desde a “cacharamba” até ao “teobar”, do “camilo alves” ao “galo falcão”, de “sagres” ao “uswa”, esses delinquentes já beberam de tudo! Esses destabilizadores de lares e irresponsáveis encarregados de educação e chefes de família chegam a beber “dawa” com “gasolina”! Bebem até não poderem mais...! E o fruto da sua desgraça trouxe-nos um "milagre" para introduzir mais custos nos medicamentos dos futuros consumidores da bebida, que alegadamente poderá advir dos efeitos secundários!


Como se não bastasse, o “Pilolo Atómico” é a bebida preferida do nosso camarada presidente da república! Mas como o andar das coisas não proporciona um melhor divertimento ao Sr. Fradique, nada como um “Pilolo Atómico” para esquecer os problemas da nossa santa terrinha. Problemas, esses, são tantos. O Sr. Fradique não tem mãos a medir; tem problemas que vão desde a falta de produção, a violação de meninas (e agora, até meninos!), empobrecimento da população, aumento do custo de vida da população, falta de bolsas de estudos para estudantes pobres, violação de direitos humanos, o assalto ao “Ouro Negro”, pedófilos, assalto aos cargos governamentais, forte concorrência ao poder, falta de medicamentos nos centros de saúde para os pobres, falta de materiais e equipamentos de ensino, tráfico de influências, falta de combustível, abuso de poder, falta de arroz e farinha de trigo para os comerciantes, concorrência aos órgãos de gestão de dinheiro, "meninos na rua" com fome, falta de investimento estrangeiro, falta de peixe e carne para os pobres, falta de leite para as crianças, punição de cambardas de corruptos e pilantras, falta de salário aos funcionários públicos, exploração de mão-de-obra infantil, falta de automóveis e residências para os governantes, efeito de estufa, ambiente, etc., etc.


A dita bebida é recomendável, a todos os ex-governantes do estado são-tomense, incluindo os ex-presidentes, ex-ministros, ex-deputados, ex-directores, ex-administradores e ex-membros de governos que exerceram posições de gestão da coisa pública, para além dos que actualmente se encontram em activo (exercendo posição de chefia). O efeito desta bebida pode ser bastante positivo para aliviar os reflexos negativos que sobrepõem a mente desses senhores e dessas senhoras. A adição de ácidos (anfetaminas) que compram no mercado paralelo (com o dinheiro do saque das contas de empresas do Estado, “Agências” e Ministérios) com “fresquinhas” e o “pilolo atómico” poderá estimular a devolução de consciência desses malfeitores e acontecer um milagre! Mas como a probabilidade de isso ocorrer é nula, eles continuarão a sua marcha destruidora, enchendo as suas mãos de sangue de pobres infelizes. As juntas médicas continuarão a ser destinadas aos Srs. Drs. e às Sras. Dras; os empregos de maior responsabilidade serão entregues aos filhos, comadres e compadres dos já conhecidos larápios no poder; as bolsas de estudos continuarão a beneficiar os filhos de ricos e poderosos do país; e outras variáveis que faço questão de não as mencionar, por razões óbvias, enquanto não houver algum estimulante que acelere o processamento neural dos pacientes que têm governado os destinos de São Tomé e Príncipe.


Esses dementes alegam que temos a democracia e que tudo fazem para implantá-la, de forma mais ou menos eficiente. Falam da justiça, mas que justiça? A justiça para os ricos (estrangeiros ou não) e (in) justiça para os pobres? A justiça, propriamente, nunca existiu! A República é dos poderosos que sempre estão impunes e se sobrepõem à Lei. O abuso de poder, a desordem de autoridade, a violação de direitos humanos, a violação dos artigos 6º, 7º, 15º, 18º, 22º, 23º, 24º, 25º, 26º, 29º, 36º, 37º, por aí fora, da constituição (2003), o tráfico de influências, os esquemas de bolsas de estudos (recordem o Sr. Costa C*** e Lúcio P***), juntas médicas, de viagens para o exterior, propostas de emprego com remuneração acima da média em troca de favoresdos lençóis”, são as maiores fraudes da justiça são-tomense. Digam-me, por favor, quem são os filhos da terra que vão à Paris, Londres, Lisboa, Rio de Janeiro, Madrid, Nova Iorque, e outra paragens em passeio ou em férias? Digam-me, quem são os pais que têm todos os seus filhos e afilhados a estudar, a residir e a vagabundear nos locais anteriormente referidos? Posso dizer que os filhos de gente sem poder, pobre desgraçado, com boas médias finais, que são atirados de um lado para o outro como se tratassem de peças de xadrez, desesperados e humilhados feitos uns condenados, saberão responder. Outros, infiéis, de alma ensombrada, carregada de pecados e pragas dos seus progenitores, permanecerão calados para sempre.

Jykiti Wakongo

26/11/2007

IDF – Uma Instituição Fantoche

IDF – Uma Instituição Fantoche

IDF – Instituto Diocesano de Formação, instituto que tem como principal objectivo proporcionar um ensino de qualidade e apoiar a docência do 12º ano até que estejam criadas as condições para tal a nível do sistema de ensino público. Muito bem! Mas quem tem acesso a esse ensino privado? Pelos vistos, não presta serviço ao cidadão comum! O nível do 12º ano deveria ser leccionado primeiramente num sistema público, integrado no sistema de ensino do ministério de educação, com acesso livre e ilimitado a todos os filhos da terra, só depois se permitiria uma licença para um sistema de ensino privado. Afinal, para que serve uma escola com um nível não público, um sistema adequado a alguns interesses particulares, claramente “racista”, onde muitos docentes têm características de personalidade duvidosas, contratados pela mão de favores de compadres, prevalecendo interesses individuais de cada um e não de um todo que é o povo.

O IDF, no meu ponto de vista, é uma escola fantoche. Pelo nome, até parece que pretendem formar cidadãos em várias áreas de ensino e simultaneamente pregar a doutrina católica. No entanto, esta apenas serve os caprichos dos dirigentes e seus descendentes, transgredindo os direitos essenciais de não discriminação num sistema como o nosso, particularmente, no domínio do ensino pré-universitário no país. Com base na constituição, direito do cidadão no sistema democrático, e outros factores de justiça social, nunca deveria ter sido inaugurada ou fundada com as características que objectivam a instituição. Ora, se repararem com alguma atenção, notarão quais são os alunos que frequentam aquela escola. Se não forem filhos de papás e mamãs, serão de cooperantes portugueses que vão lá passear e cooperar, levando os seus filhos que são estúpidos na Europa, mas obtêm as melhores notas e médias fabulosas no IDF e no Liceu Nacional, fruto de ignorância e estupidez latente nas cabeças dos docentes de quinta categoria. Nem os docentes oriundos da Europa nem os nacionais são todos, uma corja de “pilantras” tais como os que lá põem os seus filhos.



A instituição foi criada com base no protocolo de cooperação existente entre o governo da república portuguesa e o do nosso país. Com o intuito de privilegiar os alunos que provinham de Portugal, filhos de cooperantes portugueses residentes, aproveitando a boleia, os filhos de alguns nacionais e amigos da igreja, no nome do D. Abílio Ribas, foram completando o ciclo do ensino secundário, o que ao fim ao cabo acaba por colocar uns em posição favorável aquando das candidaturas para bolsas de estudos no ministério de educação. A propósito, o apoio financeiro ao funcionamento do IDF provem de Portugal, deste modo, com a história ligada à religião imposta pelo poder colonial, sobejamente aceite pela maioria da população são-tomense, tem-se criado um tabu para se reivindicar a ilegalidade institucional que opera há vários anos no país. Não se sabe ainda por que carga de água os estudantes não criticam a existência desse estabelecimento de ensino. Devem achar normal que certos colegas seus frequentem aquele espaço de ensino porque merecem e são abençoados pela fé dos deuses. Se num sistema democrático não se verificam transparências desde o sector de ensino, que sustém a base da educação para a formação do indivíduo e a sua valorização intelectual na comunidade em que se encontra inserido, significa que este não deve estar a cumprir na sua plenitude o que pressupõe e tudo o que se perspectiva como projecto ou estratégia do governo não passa de uma fraude. Pessoalmente, não reconheço qualquer legitimidade naquela instituição que se diz de ensino. Deve ser escola para ilustres, mas não é mais do que um embuste contra o povo de São Tomé e Príncipe.

Jykiti Wakongo

Monday, November 19, 2007

DIZOJI

DIZOJI

Lixaram, violaram e pilharam a riqueza do povo! Condenaram à miséria, à ignorância, à prostituição e ao desespero toda a camada mais desfavorecida da população em São Tomé e Príncipe. Endividaram toda uma Nação a uma dívida da qual o povo desconhece e cujo propósito não orientava resolver os problemas inerentes à realidade do quotidiano da população. Essa dívida que faz enloquecer qualquer são-tomense que não seja demente, que actualmente pertence a toda a Nação, deveria ser imputada apenas aos governantes que reinaram no momento em que as mesmas foram contraídas, usufruindo dos louros de centenas de milhares de dólares. Foram eles que desviaram todo o capital que tem resultado nessa dívida em juros altíssimos, sem qualquer benefício para o povo. Infelizmente, o país está endividado até aos cornos!

A desordem nacional tem estado a reinar no palco da vida socio-política são-tomense e a minar o destino do nosso maravilhoso país. O país está mergulhado num abismo sem precedentes. O governo que foi "democraticamente" eleito está de mãos e pés atados. Ninguém sabe convenientemente qual o seu papel na sociedade. Muitos dirigentes passam a vida a fumar "maconha" e a beber "bagaço", até nem saber com quem acabaram por dormir e deixar a gorjeta de centenas de dólares pertencentes aos cofres do Estado. São Tomé e Príncipe têm um chefe de Estado que, sem ter qualquer ligação cultural, fraternal e harmoniosa com o povo nem com a terra mãe, São Tomé e Príncipe, apenas pensa como "empresário" e sabe repartir quantias avultadas aos seus compadres para que esses convençam aos pobres coitados a depositarem o seu voto em quem os chulou. Vendem pedaços de território nacional aos seus "amigos" estrangeiros, ignorando as leis do Estado e violando sistematicamente os direitos humanos. Esses chulos endiabrados acabam, por fim, por assumir cargos de elevado grau de responsabilidade e não se encarregam em procurar mecanismos legais, transparentes e viáveis para solucionar os problemas da nossa sociedade. Dezenas, senão centenas desses chulos que usam o povo para atingirem os seus objectivos pessoais, esbanjam milhares de dólares em compras e viagens sem que essas tenham qualquer contributo para os elementos da comunidade são-tomense.

Ultimamente, os recentes acontecimentos que assolaram a vida social são-tomense, com danos à integridade física de cidadãos eleitores, atentado contra a segurança civil e, lamentavelmente, causando uma perda de vida humana em consequência das suas atitudes irreflectidas. Bastava ver o comportamento dos elementos da PIR. O descontentamento desses filhos da terra, a sua tentativa suicida, no momento de desespero, ao procurar recuperar os subsídios a que têm direito, para minimizar o sustento das suas pobres famílias, que o governo lhes deve há longos meses, colocou-os numa posição pouco delicada e constrangedora. Actualmente, são vistos como uma ameaça para a sociedade. São acusados pelos irresponsáveis públicos de tentativa de golpe e rebeldia contra os órgãos de soberania. Mas saibam que este episódio refere-se apenas a um grupo ínfimo de elementos da sociedade, que representa somente a ponta do iceberg e que se vê aflito para sobreviver como a maioria do povo às constantes sobrecargas financeiras que o governo nos submete.


O povo já não sabe sorrir, já não sabe cantar, já não dançar, já não conhece alegria, paz e concórdia. O povo não vive, sobrevive! As crianças, meu Deus! Já não sabem brincar nem sorrir. Querem brincar, mas não podem! Os filhos de pobres apenas querem pão, mas não têm. Elas pedem aos seus pais miseráveis e frustrados um bocado de peixe para comerem com a banana e os mesmos não lhes podem dar. O preço da fruta-pão, da banana e do peixe está alto como Deus do céu. A vida está caótica para os pequenos. Enquanto isso, os que pertencem a classe da elite ostentam bens de luxo, carros importados top de gama, constroem vivendas que são autênticos mausoléus, iludem todas as meninas carenciadas e vulneráveis que encontram para se divertirem e viciarem com liambas, e drogas diversas que compram aos seus comparsas que traficam pelas nossas fronteiras fora. Sem qualquer tipo de escrúpulos, após o saque feroz que efectuam aos cofres e contas de gestão de orçamento do Estado, esses "tangas" estendem as suas malditas mãos aos europeus e países do "primeiro mundo", para que possam enganar aos ingénuos membros da sociedade civil, demonstrando que estão a fazer algo para o bem da Nação. Ao invés de, aquando de empréstimos com altos juros que são concedidos em nome da cooperação com outros povos, para que se desenvolvam projectos ao nível nacional em prol do desenvolvimento sustentável, efectivamente serem empregues nos ditos projectos, são colocados em contas particulares no exterior para gozarem férias, adquirirem bens materiais no estrangeiro para a sua família, que muitas vezes residem todas na diáspora, enquanto o povo se lixa.


O apelo que faço aos meus concidadãos é que, todos aqueles que tenham a sua vida na corda bamba, não se deixem vender por uns trocos durante escassos dias, para passarem cinco duros anos a sofrer que nem o diabo. Se optarem por escolher um grupo de pessoas que estejam realmente preocupados com a situação da maioria da população do nosso país, e não por aqueles que na hora da cobrança do direito civil, estarão a contribuir para a vossa felicidade, melhor condição de saúde, educação e emprego para os jovens. O bem sempre parece estar diante dos nossos olhos, assim como diabo que nos tenciona fazer mal se esconde por detrás de um sorriso maroto, abraços, apertos de mãos e frases feitas que iludem até as mais desapaixonadas das almas. Há que tomar consciência do descalabro total que tem sido a governação do Sr. Fradique, do elenco que compõe os mais variados órgãos de soberania do nosso país e a companhia que gere o património nacional. Esses tangas têm que abandonar o poder que agarram com armas de ferro e fogo. Devem ser enxotados imediatamente da arena política são-tomense, senão o final dos nossos dias estará bem próximo. Não queiramos sucumbir aos caprichos de uma minoria demente que de uma forma insana, mesquinha e indecente nos condena a uma morte psicológica, espiritual, física e intelectual. Sejamos fortes, sejamos uma união de um povo que reclama o seu direito à vida. Em nome de uma democracia que nos foi introduzida, e pelos princípios que regem esse sistema político, vamos lutar contra o mal que nos aflige. Não nos calemos perante a voz da anti-razão, apelo as almas mais feridas pelo sistema malogrado, que o povo está a morrer nas mãos desses malfeitores. Não há mais desculpas. O povo está a sofrer e o mundo já é capaz de ouvir o grito de socorro, por entre as palavras tremidas dos nossos jovens frustrados e famintos.

A uma população violada injustamente de forma sistemática não se pode mais calar! Pelo menos a mim ninguém me cala! Falarei aos quatro ventos para que todos me possam ouvir; falarei de uma forma nua e crua a verdade, sem medo de qualquer ser humano, nem que seja a última coisa que tenha que fazer antes de partir dessa para melhor. A justiça injusta que é cega para os pobres deverá ser revista e substituída por indivíduos sérios e profissionais de qualidade e não, como se encontra constituída, por compadres e comadres que trocam favores por debaixo dos lençóis.


A morte recente da agente da PIR, a morte de doentes no Hospital Dr. Ayres Menezes; a morte de crianças e idosos subnutridos, que vivem com menos que 1 dólar por dia, por falta de géneros alimentícios de primeira necessidade; as carências e humilhações sofridas por imigrantes são-tomenses na diáspora; a miséria por que passam centenas de estudantes são-tomenses no exterior, particularmente, os filhos de pais sem qualquer representação na classe política ou governamental; o elevado custo de vida de milhares de cidadãos que quase nem um emprego decente têm; a fome e a pobreza que se fazem sentir em todas as vilas e interior das ilhas; a frustração de centenas e milhares de jovens sem formação que vivem sem rumo, sem conhecerem a sua verdadeira identidade; a situação de degradação socio-cultural vivida em todo o arquipélago de São Tomé e Príncipe; e todos os males que afectam a maioria da população são-tomense são atribuídos a todos governantes, ex-governantes e responsáveis pela gestão da coisa pública no nosso país, sem excepção. São e foram eles chefes de Estado, ministros, directores, altos responsáveis do Estado, etc., os causadores de todo esse caos humanitário; são e foram eles os maiores culpados dos levantamentos de grupos armados e da revolta que se vive no seio da população. Têm as suas mãos indecentes cheias de sangue do povo. Pode-se afirmar categoricamente que esses infiéis são uma encarnação do mal! Senão vejamos, com alguma atenção, pode-se reparar nos os rostos aberrantes dos representantes da nossa Nação em fotos de família ou nos ecrãs das televisões de todo o mundo, quando tentam limpar a sua imagem. Porque a imagem do país, essa eles jamais a poderão dar qualquer respeito, dado que não têm!

Para esses ditos dirigentes, deixo um apelo em respeito aos meus concidadãos: "por favor, tenham piedade do povo sofredor! O povo está a sofrer desde a instauração da primeira república e a sua situação se vem degradando de forma acelerada desde a queda do bloco de leste". Lembrem-se de que o mal não vem de há quinze anos atrás...!

Bem-hajam!

Filho de São Tomé e Príncipe,
Jykiti Wakongo

Monday, September 24, 2007

LAZA

LAZA

Nayen, nska-fla di Laza, kwa di matu di fe da nen nge ku ska-mata povo, nge ku sa pikina, ku ska-padise di tela non!

A lentla nen nge ku te pode ni Santome ku Ie ku bodon, po nglon, ola nen ka-xe ba nala tela blanku, ola aka-ba dansa "talaxinya". Nge se ku te pode punda aka-futa djelu povo, lega maxibin ku anzu non se modu di vive mo nge. Ola nen djabu se ka-xe ba paxa ni Lijboa, Paliji, Blazil, Londlix, ba wanga djelu ku a txila di folo mo kwa ku e kye di ose, pe povo ni xipitali dwentxi se mindjan, se modu di kopla loso, pon ku lete di da mina pikina, lega nen maxibin ni tela ka-padise se djelu pa a po ba xkola, y otlo ku sa tela se modu pa a po bluguna bi San Tome ku Ie, sela a zunta lema nen sunge ku nen sange se da nkome. Ixi ku a na ka-po da po fa, a ka-fe mo nska-pensa di fe nay: golo pyado-zawa, ku sebe fe kwa gletu pa a po ba xipitali (e po sa ni Putuga, Flansa o Kuba) dwentxi mole, se modu pa a po kume djelu se ku a futa non nay. Yo maxibin ka-piji zuda da nen sunge ku nen sange se nay, maji nen ka-sa ka-li inen so, ka-fe poko di vida dinen, ka-tufu papelu pe fulu kadela, zo manda nen pobli o dwentxi ku na te nge ni pode fa, pa apo bi amanya, amanya...; anu ka-pasa y nen ka-sa ka-bila godo so, ka-golo di fika ku bega nglandji mo ploko. Povo ku sa pobli, ku na sa mina dinen "nge" se ku ka-futa fa, soku ska-pasa mixidaji, ska-mese bila dodo y ete nge ku ska-mole me. Npensa di fe laza, sama zalima bluku, pa nen po xa/baza mo di omali, y ola dja nen ka-xiga e na te bila tlaxi fa, a ka-be kamya a fo (nfenu).


Nen mosu ku nen mina di San Tome ku Ie ku ka-piji zuda da nen nge ku toka ni Tela, ku a na ka-kuji fa, a ka-fe poko di nanse, a ka-volo nanse, a po na pota fa, punda xi a fe kwa ku npenyu, xi a ximya oze, a po gwada punda a ka-bi koye amanya. Ola nen "nge godo" ku te pode myonle, ku a ka-mese pa tudu nge po sama inen dottolo, ka-dwentxi aka-bluguna ba tela di blanku pa a ba kula (maji pobli ku nge se pode say ka-mole ni xipitali se mindjan), zo ola a ka-yogo zo a ka-bila bluguna bi tela ku sawodji, ku vonte di bila klaga minda di djelu ku a poji pe jibela. Nen migu ku ka-fika nay ka-ba "TV" ba sola, punda sunge ku sa mina tela ska-dwentxi mali muntu...

Nga pe nomi di nen nge se ku fe poko di povo di san Tome ku Ie y ku a ka-po fe laza ni matu pa nen dwentxi mole o xi a ba tela blanku a na ka-te modu di bluguna bi San tome maxi fa, a ka-mole nen nala me, ni nfenu. A na ka-po poda nen djabu se ku ka-fe tudu kwa pa a sebe di vida nen tan kese di povo fa! Sela a lema nen ku mina nen ni lwa di tela blanku, ola a ka-ba paxa o ba kopla kwa (ni fela di nen tela se) pa a bi fe luxu ku e nay, ku djelu ku toka zuda nge ku te fata, ku na te xtluvisu fa y na te nge di zude fa. Nge ku na te modu di kume inen nglatu se ubwe fa, a po baya da inen ten o, punda San Tome ku Ie te Desu Plodozu y e sa maxi fotxi doke tudu pekado ku say basu y otlo-otlo ku nkese:

Raúl Wagner Bragança Neto, Gabriel Arcanjo Ferreira da Costa, Jorge Lopes Bom Jesus, Joaquim Rafael Branco, Álvaro João Santiago, Cosme Bonfim Afonso Rita, Maria de Fátima Leite de Sousa Almeida, Adelino Castelo David, Maria Fernanda Pontífice, José da Graça Viegas Santiago, José Cardoso Cassandra, Peregrino do Sacramento Costa, José Gomes Barbosa, Evaristo do Espírito Santo Carvalho, Carlos Bragança Gomes, Leonel Mário d'Alva, Francisco Fortunato Pires, Guilherme Posser da Costa, Maria do Carmo Neto, Abílio Rodas Ribas, Maria das Neves Ceita Batista de Sousa, Julieta Rodrigues Isidro, Guilherme Octaviano Viegas dos Ramos, Ana Maria da Conceição Silveira, Arlindo Afonso de Carvalho, Raúl d'Almeida Viana, Armindo Vaz d'Almeida, Lúcio Viegas Pinto, Arzemiro de Jesus Ribeiro da Costa dos Prazeres, João Lima Bragança Gomes, Alcino Martinho de Barros Pinto, Patrice Emery Trovoada, Tomé Soares da Vera Cruz, Alda Alves de Melo dos Santos, Acácio Elba Bonfim, Carlos Alberto Pires Tiny, Zeferino Vaz dos Santos Prazeres, Alberto Paulino, Maria do Carmo Trovoada Pires de Carvalho Silveira, Damião Vaz de Almeida, Delfim Santiago Neves, Carlos Gustavo dos Anjos, Fernanda Mendonça de Azevedo Margato (Didinha), Maria dos Santos Lima da Costa Tebús Torres, Filinto Guilherme d'Alva Costa Alegre, Manuel Deus Lima, Carlos Quaresma Batista de Sousa, Silvestre Dias de Barros Umbelina, Ladislau Frederico Quaresma d'Almeida, Mateus Meira Rita, Adelino Santiago Castelo David, Albano Germano de Deus, Celestino Rocha da Costa, Dionísio Tomé Dias, Eugénio Lourenço Soares, Manuel da Costa Carlos, Orlando de Assunção Fernandes, Norberto José d'Alva Costa Alegre, Óscar Aguiar do Sacramento e Sousa, Daniel Lima dos Santos Daio, Sebastião Pires dos Santos Nascimento, Fradique Bandeira Melo de Menezes, José Fret Lau Chong, ku otlo-otlo pekado ku nen mina nen ku ka-pensa kuma San Tome ku Ie toka inen tan.


Nen nge ku nanse na sebe nomi de fa, a ka-ba goloe ni pyado-zawa o ni "Net", punta fituselu ola a ka-be ku letlatu nen matu (punda nen ka-musa kala pasa, y letlatu nen na sa kwa ku te matxi di be fa) y e ka-sebe fla nanse nomi di tudu nen demono se. Nge ku te mina djelu, na ba kopla lopa di bixi fa, ba San Zon Ngola ba fe kwa ni matu da inen djabu se. A golo fitxiselu-aze pa fe kwa da nanse...

Inen pobli, zetadu ku nge "txoko" di San Tome ku Ie, a fika ku Desu e!

Jykiti Wakongo

DESU MU FOLO

DESU MU FOLO

A religião negra, o Deus negro!

Falar da religião é um ponto que inquieta a grande massa, devido às diversas formas que existem de demonstrar a fidelidade e ter crença em Deus. Um Deus que foi mascarado do ponto de vista ocidental e inserido na fé religiosa africana. Um dos exemplos práticos é o caso do djanbi. Esta é uma manifestação de culto religioso tradicional africano assente no espiritismo e rituais muito antigos que nos liga ao passado. Nos dias de hoje, o mundo moderno tenta fazer esquecer essa história cultural e as autoridades culturais nacionais pronunciam um elevado grau de negligência em relação à preservação, ao estudo e à divulgação desses valores culturais.

O cristianismo, que é profetizado pela maioria da população santomense, foi pregado pelos colonos europeus nas suas conquistas/invasões agressivas contra reinos e estados "não-cristãos", para que pudesse estabelecer um total controlo e domínio político, económico e social nesses novos territórios. O que foi encontrado anteriormente por esses invasores acabou por ser extinto ou proibido, conduzindo assim à morte dessas práticas de adoração à um Deus, com uma perspectiva distinta das professadas por esses "evangelizadores" ocidentais. A partir do instante em que se dá a conversão por uso da força, o regime vigente põe em prática a aniquilação de todos os vestígios e conceitos da existência de um deus venerado pelos negros. A forma de veneração, tal como a transmissão de mensagens através de espíritos, processava-se de forma diferente da dos colonos invasores vindos do ocidente. De igual modo, o ser omnipresente que representava o ente supremo e divino era diferente do anunciado pelos ditos pregadores de Cristo.

A história narrada na pessoa de Deus todo-poderoso, a vista dos povos ocidentais foi assim assimilada e profetizada, pelos então escravos e oprimidos em territórios ocupados sem qualquer tipo de objecção. A objecção implicaria um desafio às ordens supremas do regime opressor e a existência desses membros da sociedade sob domínio seria posta em causa. Num sentido meramente lógico, diria que a imagem de Cristo, filho de Deus e santos que nos rodeara, enquanto reinava a imposição de culturas e valores ocidentais nos nossos territórios, é uma imagem puramente semelhante aos habitantes provenientes do ocidente. Com toda a certeza, os nossos santos e deuses eram semelhantes aos negros, como nos fizeram crer, pelo contrário, os colonos opressores em relação aos seus santos e Deus.

Na minha óptica, existem tantos santos negros quantos os brancos. E o Deus africano é Negro. Acredito piamente num Deus Negro, nas forças espirituais ignoradas pelos filhos da África, que durante séculos fora ocultado pelo poder da força e violência e substituídos pelo retrato criado pela igreja ocidental. Sabe-se que as histórias de Vaticano, inserido num país de "mafiosos", como o poder divino de maior nível mundial, que é o estado mais rico do mundo, serve para estigmatizar e implantar de forma sólida o misticismo ao redor daquilo em que os fiéis acreditam, porque há centenas de anos foram forçados a acreditar.

Há quem diga que viu a nossa senhora de Fátima (pelo facto de ter supostamente aparecido para três garotos que pastavam ovelhas em Fátima, uma freguesia de Portugal), a azinheira, a luz, tudo isto em Portugal, há precisamente noventa anos!? Que negócio, esse dos três pastorinhos e os segredos da santa, os sacrifícios dos pecadores que fazem as promessas e peregrinam até quase morrer... e se nada lhes acontecer de bom, costumam a rogar praga para a sua maldita santa?!...

Sabem de uma? Eu vi o nosso senhor Jesus Cristo, mas não estava no céu nem era branco como nos desenhos dos brancos. Eu até dou-lhes razão, porque se eu fizer um negócio com uma santa e ela não me der lucro, tenho que lhe pedir justificações! Eu cá espero ainda poder vir a ouvir uma história semelhante, mas a ocorrer no solo santomense, preferencialmente, uma nossa senhora sobre uma palmeira, sobre uma mangueira ou sobre um safuzeiro, na zona de Obbo, na qual denominaríamos de "nossa senhora de Obbo". Não seria fantástico?

Ainda irei procurar alguns garotos vinhateiros de Obbo para inventarem uma história dessa e contarem que guardam um segredo de Obbo, que é extremamente importante para a humanidade! Um desses supostos segredos, eu até já sei qual é: o aquecimento global. Não cortem as palmeiras, as mangueiras, os safuzeiros...
Paji ku amole ni tela non ku Desu non Folo.

Jykiti Wakongo

MINA KU MOSU FOLO

MINA KU MOSU FOLO
Modu di pya di folo di San Tome ku Ie - Inen mina mwala ku inen mosu novu di San Tome ku Ie Nen ke mu e: Nge ku na tende fa ka-punta ixi ku tende, punda nxkleve kwa mu ni folo e.

Nayen, myonle, nen mina mosa ku nen mina mosu folo bilotlo e...
Non say ka-pya kwa ku we non!Awo!
Mixkoji e, Sun mu!

Non ska-be tela ka-dana de so. Nen mina ku inen mosu ka-mese ba Brazil ku otlo tela blanku, punda a ka-kunda kuma aska-ba tela di desu, tela maxi liku, ku te nge bwadu luma ku kloson nglandji y ku ka-zudinen xe ni padise di San Tome. Ola a ka-be modu di ba tela, a ka-koye Brazil se, punda a ska-ba unwa luge ku tudu "nge" sa bwadu, ku bon kloson mo a ka-be ni televizon y a ka-mese fe tudu kwa ku a ka-pya, vlegonya ku ubwe ni lwa ku a ka-be nen mina ku ka-plase ni "novela" di Brazil ka-fe.


Zo e te nen maxibin ku ka-sa bloxidu punda unwa "novela" naxi xiga ni televizon di San Tome ku Ie fa y a ka-fla: elemanda non sa tlaxi axi fan, o non toka pya novela se za pa non po sa "nge"... A ka-kunda kuma kwa ku blanku ka-xleve, ka-musa ni televizon sa axen me ni dja-dja. Ola ku a ka-xiga ni nen tela se so a ka-panta, zo fla awo... Maji e te nen mina mwala novu glavi di San Tome ku ka-sata awa tan ba otlo tela, mo Putuga, Flansa, Gabon, Ngola o Brazil, ku ka-lega nen mosu di tela non pe son, pletu mo de, ba nda ku nen gabon, nen mosu kavede ku nen ka-kunda kuma sa glavi (ku ka-da nge ku faka duji axi), yo dinen ten ka-kole tlaxi dinen mosu blanku (yo dinen ve za) ku ka-te dwentxi, ku yo mina mwala blanku na mese maxi fa o a zeta pe son, punda a na ka-tlaba fa, a na ka-nda ni xkola fa, a ka-venta kwa kenta kabesa, ka-bebeda pasa y ola bega ka-xa ku a ka-bila ku mon da pontope, nen mina non (san dottolo) ka-bluguna ba San Tome ku Ie ku maxkalenxa ku molokentxi ku dwentxi ni ubwe ba wanga pe tela.


Nen mina se, lololapi, ku ka-nda ni son poson ku poji pasa, mo nge ku ba tela ba fe "kursu", ku sebe montxi, pa a zuda tela klese, ka-sa pyolo doke nen mina ku ka-bende klopo ni lwa. Kwa ku a sebe a na ka-po numye fa!!


E te nen mina tela ten ku toma blanku (ka-nda ku gabon ku blanku pa a nganya djelu, punda blanku te mwala/ome de blanku nala tela dinen) nay San Tome ku Ie me, zeta nen mosu folo ku ka-da inen kunfyansa. Maji e te dinen ku ka-sebe kwa ku toto dinen mina se pasa, ku kwa ku a fe ni luge ku atava ne, soku nen mosu se na ka-pya inen vagin se ni lwa fa.

Vungu ku nen mina mese tende tan sa vungu di nen nge ku-kada pletu nkome, mata (mo Kavede, Brazil), fe nge mali. Yo pletu ku xe de ba Brazil ba fe "kursu", ola nen sode ka-be inen ni lwa ka-nda, a ka-mundja inen manda pe mon ni palede o zuga pe son ku ope ni liba di ubwe ku pingada pontadu ni kabesa mo kliminozu. Maji nen gabon meda se, na ka-fla nadaxi di nen kwa se ku ka-pasa nala tela se fa. Tela ku a ka-da pletu ku bala mo kaso, luge ku pletu ku sebe mo blanku na ka-nganya mo blanku fa; blanku ka nganya ante dosu, tlexi ve maxi doke pletu (maji pletu di tela se sa blutu pasa, punda a ka-sa ku goxto luma ola a ka- tlaba da blanku mo kabalu o mo dola ku a tava ka-xtlivi ku felu maladu ni ope - ante oze nen blanku ka-fe kwa ku a mese ku nen mina mwala pletu dala, zo zeta punda e sa pletu y e na ka-da pa e vive ku e mo men di mina nen fa); kamya ku pletu sa mo di uku soku nen mina ku nen mosu folo ka-mese ba xtuda.

E te mina folo ku ba tela ku ka-fe tudu kwa ku nen mina vagin ka-fe. Ola a ka-ba fesa ku nen miga, a ka-bebeda sete-folo, dumini ni kwakwali kamya ala, ku nge ku a na konse fa, zo ka-koda ni kama ku nge ku ka-po sa ku dwentxi y ola a ka-bila ve so a ka-be golo unwa folo nosentxi pa a fla kuma a ska-gogoe luma y a mese vive ku e ante dja motxi. Nen mosu folo tudaxi ka-mese fe kwa se me.


Ola a ka-xiga nala tela blanku se, a ka-bila we pe nen mina dala y kuma nen ku te sebe, ku te djelu, ku sa fina, na ka-kye inen mon fa (punda pletu y pobli ku a sa), sososo a ka-ba luma kwakwali ve o mina blanku vajin ku na te glasa me fa, klaga ba ku e koboke ba musa nen migu dinen pletu, zo fla kuma e sa de fedu, punda e sa ku mwala blanku (mo djabu ku lega klusu pe son, subli ba ose ba lele desu ku sa blanku). Maji yo nen mina blanku se ku nen mosu blanku sa kwa ku a bila-bila ku mon zeta, ku bila dinen ve za, ku te bega godo, ku dwentxi ni ubwe, ploko, kadela ku mama kyedu. Nen kwase so a ka-fla kuma e sa mwala y a ska-subli. Nkonveta zentxi se! Tela sa de danadu kotokoto ku nen maxibin non sa dinen donoxadu...

Zo yo pletu ku ka-nda ku blanku nala, nen blanku ka-sa ka-pya inen mo kliminozu... Yo dinen mina folo ku nda ku blanku ni Putuga, Flansa, Blazil, Xpanya o otlo tela sebe kuma nen blanku na ka-be kwa se ku a ka-fe ku bon we fa (ne ami ten fan). A sebe punda yo dinen vagin se pasa vlegonya ni koboke dinen pe di mina mwala o mosu blanku ola a ka-ba musa inen pletu ku a ska-kobo kadela. Ante mina pikina ka-be sun ni xtlada ka-vala ka-ponta sun ku dedu ka-sama pletu, y e po sa mina folo buyadu ku blanku, mosu folo ku blanku ten o pletu me ka-nda de so. Kwa ku ka-da blanku vlegonya maxi sa nen migu dinen blanku ku ka-zeta inen ola a ka-sebe kuma nen ska-nda ku nge pletu, y pletu ku na te vlegonya ni kala fa, ka-be nen kwa se ka-li ka-fe mo kwa ku a na ska-xintxi nadaxi fa. Maji maxi montxi nen na ka-lega mwala/ome dinen toma pletu fa. Soso pletu sa de venxa blanku ante dja motxi. Unwa kwa sa setu: plasela blanku sa glavi y e te poda. Nga samae, plasela mansu...

Nga desa unwa kwa nay da povo ku maxibin di tela folo: Nflan... A po subli o, punda ola a ka-dese ten... Awo!! Zeme so e... Sun mu!

Jykiti Wakongo

LUNGWA SKA-MOLE

LUNGWA SKA-MOLE


O perigoso declínio das línguas nacionais, especialmente, da língua do foro é uma realidade dos nossos dias. Pretendo chamar atenção para o facto das nossas línguas nacionais estarem à beira de extinção, devido ao deprezo e a negligência do nosso povo. Este tema compreende uma visão breve e uma simples análise crítica sobre o elevado risco da morte das línguas nacionais de São Tomé e Príncipe.

Trata-se de uma matéria fora do meu âmbito de aplicação, mas não deixa de ser fundamental para a identificação do membro da sociedade santomense, assim como para a consolidação e transmissão coerente de conceitos e valores tradicionais que precisamos de fazer passar para as gerações vindouras. Não queria deixar de fazer referência a um link duma pequena observação feita, outrora, por um santomense no sítio, maxibim.net, onde questiona sobre este assunto. Mas, informo-vos que a mesma pode ter sido descontinuada, por razões que desconheço. http://www.maxibim.net/modules.php?name=Forums&file=viewtopic&p=333&highlight=#333.
Numa fase em que se verifica um crescimento acentuado de crise de falta identidade nos jovens santomenses, aproveito essa oportunidade para aqui poder exprimir algumas das minhas ideias e tecer algumas críticas relacionadas com a perda de características e valores tradicionais da nossa gente. A principal ideia prende-se com a falta de paixão e interesse pelas línguas foro, lungye e ngola, que servem de suporte de valores culturais que nos ligam à terra mãe, S.Tomé e Príncipe. A nossa juventude considera como sendo uma língua para indivíduos idosos, ou na casa dos quarenta anos. Nas nossas rádios tentam desesperadamente, sem qualquer consistência e coerência científica fazer "locuções" em línguas nacionais, o que resulta num descalabro total, ausência de seriedade e enorme desinteresse público. Precisamos de valorizar as nossas línguas estudando-as, comunicando fazendo o uso das mesmas em todas as circunstâncias, para que seja um sucesso e, consequentemente, uma salvação da nossa identidade cultural. Caberia então ao estado procurar definir critérios ou metodologias adequadas à implementação correcta desse tipo de iniciativa nacional.

Sendo originário de etnia fora e tendo tido contactos, embora superficiais e ao nível da oralidade, com indivíduos de expressão fora, o meu interesse incide-se particularmente sobre a origem, a evolução e a presumível morte da língua foro no arquipélago de S.Tomé e Príncipe.
Neste momento, ainda não farei as minhas análises sobre o assunto, mas assim que me for oportuno apresentarei as minhas teses. Por enquanto, limitarei em fazer apenas algumas observações críticas, citar alguns documentos ou links com artigos relacionados e deixar em aberto questões para serem debatidas no blog.

Lamento que seja um dos poucos interessados na matéria, que julgo ser de capital importância para a nação santomense, dado que a língua fora encontra-se praticamente em extinção, por falta de motivações políticas do estado ao longo dos últimos trinta e dois anos. Mas como a esperança é a última que morre, tenho a expectativa de que um dia possamos oficializar o nosso foro, após um estudo científico aprofundado e coerente do mesmo. A língua foro está a morrer! Os jovens não querem desafiar a sua geração para se libertarem da inibição pela qual sofreram as gerações que não poderiam exprimir-se em foro, porque o regime de então assim o determinava. Temos muitas músicas cantadas, felizmente, em foro, algumas em lungye e ngola. Por vezes, nem parecemos ser inteligentes!

Vejamos o caso dos cabo-verdianos. Embora se tratando de uma língua não genuína no povo africano, os músicos desse país cantam em crioulo local e diariamente têm como o meio de comunicação o crioulo. Isso faz deles um povo unido pela sua cultura, que os identifica em qualquer parte do mundo, uma vez que não sentem qualquer desprezo pela sua língua. Por outro lado, os foros nem querem ouvir falar o foro no diante de estrangeiros, especialmente, gente de raça branca, assumindo comportamentos desprezíveis. São muitos os denominados de ingratos que, querendo afirmar-se como um deles (europeus de segunda ou de terceira, segundo os seus "pontos de vista"), rezam praga ao bom-nome de S.Tomé e Príncipe, pelo facto de não ser um país que lhes projectou para um mundo puro, rico e branco, onde não existe a miséria nem a fome. A nossa língua materna, para muitas desses delinquentes, é um retrocesso ao passado e os seus falantes são apelidados de "atrasados" ou "angolar".


Ironicamente, temos assistido cada vez mais uma onda de importação do estrangeirismo nas nossas músicas. As músicas já não são cantadas por foros falantes da língua foro, como antigamente; os jovens não querem cantar ou transmitir sentimentos e tradições nacionais na sua língua materna; os foros passam a maior parte do seu tempo a copiar as letras de músicos cabo-verdianos, chegando mesmo a cantarolar na língua desses crioulos. Existem casos de músicos que têm letras nos seus álbuns escritas em espanhol! Eu diria, para que serviria a divulgação de cantigas em espanhol ou em francês para os jovens santomenses e até homens e mulheres da nossa terra? Nada de nada.

Um foro, camponês na zona de Monte-Café ou de Lembá, que nunca ouviu uma palavra sequer na língua estrangeira, pode até achar que o cantor em causa pretende gozar com os santomenses "incultos", uma vez que os ditos músicos foros acham que todos sabemos como é lindo ouvir músicas em espanhol ou em inglês, mesmo não percebendo a ponta de um corno...
Parto do princípio que essas músicas são apenas criadas, pelos cantores "analfabrutos" santomenses, com o intuito de satisfazer os caprichos dos estrangeiros que nos desprezam, tal como esses foros infiéis, a nossa cultura. Quando esses infiéis começam a cantar na língua materna de cabo-verdianos ou espanhol, sinto-me tão triste e decepcionado, que penso que estamos a adorar a nova colonização por parte de cabo verde e não só (embora continuemos a ser cativos da língua imposta pelos colonos opressores, que herdamos de forma orgulhosa e da qual nem nos entendemos). Povo algum se submeteria ou se sujeitaria a tamanha humilhação! Povo algum cantaria na língua fora, por mais bela que ela lhes soasse aos ouvidos... Só tenho a lamentar o ingrato destino a que foi condenada aquilo que ainda resta das nossas línguas nativas, que considero nacionais, e que não são de modo algum um crioulo.


Já lá foi o tempo em que os nossos pais foram obrigados a abster-se da sua língua materna em detrimento do português que mal entendiam e falavam... É a altura de pormos as mãos na consciência e olharmos o mundo à nossa volta. Todos sabemos que o mais importante e o que caracteriza um determinado povo é a sua língua materna. Vemos e temos visto que, por exemplo, um brasileiro por mais tempo que esteja num país estrangeiro jamais deixa de se expressar com o seu sotaque. Um português, porém, tal como muitos dos Palops, tendem a imitar o sotaque dos povos falantes da língua onde residem ou se encontram de passagem, desde que esses não sejam africanos! Um português que vai viver para o Reino Unido, passado alguns anos, adquire o sotaque inglês, mas quando vai viver para a Angola não adquire sotaque de pedra do “gabão”! Só para contrariar!

Algo que me intriga bastante ao nível cultural e não é o factor linguístico, mas também muito importante na caracterização de um povo é o nome próprio do indivíduo que integra uma dada sociedade. No nosso caso em particular, nota-se que milhares de foros perfilham os seus filhos com nomes estrangeiros, mas não africanos!

Nomes esses (infelizmente, adorados e admirados), inúmeras vezes, com significados pouco recomendáveis, e outros que são de individualidades ocidentais e de vulgares actores de televisão brasileira ou filmes euro-americanos. Imaginem casos de crianças que se chamam Yuri, Lenine ou Kolorov, que ao se tornarem jovens estudantes que emigram para se formarem na Rússia ou países do leste europeu, de onde são originários os seus nomes (os Yuris, Lenines ou Kolorovs), acabassem por ser perseguidos por bandos de seus “charás” russos com armas brancas, como facas, matracas e cacetes pelas ruas das cidades ocidentais. Seria um pouco irónico, mas é o que acontece em diversas cidades europeias...


No Brasil, os Edineys, os (qualquer-coisa)(son) ou (...)ton, wanderleys, etc., perseguidos por polícias armados, seus “charás”, como se tratassem de bandidos assaltantes! Bonito. Não acham? As pequenas que hoje têm nomes de "deusas" e "rainhas" das novelas brasileiras, as vagabundas e "meninas da vida", as Shirleys, Vivianes, Lindleys, etc., sabem que isso não passou de uma propaganda e estupidez por parte dos seus pais que iludidos pelas produções televisivas indecentes e racistas euro-brasileiras impingidas nas sociedades africanas – Palops, particularmente. Uma vez que em Portugal, os pais continuaram a chamar os seus filhos e filhas de António/Antónia, Manuel/Manuela, João/Joana, Pedro/Ana, Paulo/Paula, José/Maria, e assim sucessivamente, o que outrora acontecia nas ex-colónias por motivos óbvios. Não se deixaram colonizar tanto como os estúpidos negros, que caíram em graça as histórias e cenas fictícias que tomaram como verídicas.

Uma vez falando de cultura, que é a maior riqueza de um povo e a necessidade que os elementos de uma sociedade têm de serem cultos, posso dizer que existe um tremendo erro por parte dos foros. Quanto ao que muitos entendem por se tornarem cultos deixa-me de certo modo perplexo. Não sei isso se deve à estupidez de alguns foros ou ao preconceito herdado pelo neo-colonialismo português em S. Tomé e Príncipe. Tenho uma opinião contrária àqueles foros que se julgam cultos por lerem livros para cidadãos europeus, ou tais que os conteúdos sejam pouco recomendáveis aos africanos e sem quaisquer interesses culturais construtivos.

Muitos desses sujeitos com alguma ignorância, possuidores até de uma formação ao nível superior, são ingenuamente induzidos em erro ao mentalizarem-se nesse sentido. Como dizia uma especialista, não se trata de ler, ler qualquer coisa, mas sim saber o que deve ler e se essa leitura contribui em certa medida para o enriquecimento cultural do indivíduo. Observou-se, entretanto, que infelizmente muita gente não sabia que tipo de obras seria adequado para a leitura e que servisse de estímulo ou elevasse culturalmente o conhecimento do indivíduo.

Portanto, muitos ouviam que alguém famoso leu um livro de carácter social, pedagógico ou religioso, e imediatamente punha-se a lê-lo, sendo inúmeras vezes inapropriado e sem qualquer valor cultural. Pois, existem livros que têm um determinado propósito e não são recomendáveis, ou ainda, a cidadãos de qualquer idade. Os foros, de uma maneira geral, não têm a mínima consciência da diferenciação desses parâmetros e julgam-se cultos por terem lido muitas obras de "grandes escritores" ou "grandes historiadores" europeus, euro-brasileiros ou euro-americanos!... Esquecendo-se que as mesmas nada têm haver com a sua cultura e que de nada lhe servirão para o contributo que pretende dar à sociedade santomense. Seria igualmente absurdo recomendar a um francês que leia obras de escritores africanos para se cultivar!


Por amor de Deus, abram os olhos e deixem de ser dominados pelo diabo! Há mais de cinco séculos que nos deixámos levar pelas cantigas do diabo branco que sempre nos espezinhou e maltratou nas nossas próprias terras. Se um dia o diabo branco nos disser para que comamos lesmas porque faz bem a saúde, atiraremos de forma selvagem a cada espetada deste molusco sem pestanejar, não é? Pois, parece irónico, mas é mesmo assim que vivemos nas nossas terras. Vêm cá brancos dizer que devemos cortar bananeiras e semear macieiras e lá vai o foro cortar todos os pés de bananeiras que encontrar e semear macieiras, apesar de presumir que aquilo pode não dar nada! O que lhe interessa naquele instante é que o salvador enviado por deus veio trazer-lhe o milagre e a riqueza para o seu bem-estar. Sobre esse assunto ainda tem muito que se lhe diga... Abracemos aquilo que é nosso com amor e carinho, que outros só querem destruir para fazerem valer os seus valores e daí tirarem o partido deles.

Fazendo só um pequeno parêntesis e olhando só um pouco para trás na história recente do nosso povo, onde o colonialismo português ainda nos traz grandes mágoas, devemos sempre ter em mente os mais de cinco séculos de invasão e opressão perpetrados por esses colonos. Colonos salteadores que passaram a vida a pilhar e saquear todos os tesouros que puderam da África, não puderam deixar de retratar as suas marcas do passado. Hoje todos podemos ver os bastardos, mulatos, que são vestígios desses colonos insanos nos nossos territórios, que abandonados e desprezados nas terras do ocidente são considerados "pretos".

Concluindo, todos falam a sua língua materna na América, na Ásia, na Europa (e em alguns países africanos, de grandes dimensões territoriais, que não tiveram grandes influências de colonos invasores e opressores) sem que esse facto seja visto como algo repugnante. Essas ideias apenas ocorrem em mentes dos nossos cidadãos ignorantes é que julgam que a morte da sua língua materna em detrimento da dos colonizadores e opressores são uma "mais-valia" para a sua cultura.

Por favor, salvemos a língua do Foro (que não é um crioulo como erradamente se diz), a língua dos Monkos (lungye) e a dos Angolares (ngola). Lungwa non sa kala non ni lwa, bamu sebe de djandjan pa e na mole de fa!

Jykiti Wakongo

SUNGE FOLO

SUNGE FOLO

Jykiti Wakongo, sunge folo! Nsa folo, mina di San Tome ku Ie. Nga sama Jykiti Wakongo, maji a konse mu ni ome migu mo Dotolo Polimadu. Nga ngoxta di sebe di kwa di mundu ku kwa tela ten, zo kwa ku toka pletu ku kwa tela pletu. Kuma nda y npya yo kwa ni mundu se faxa za, nsay ska-mese musa nen folo, maxibin, ku ka-ngoxta y ku te amole ni San Tome ku Ie, kwa ku toka non. San Tome ku Ie sa pa tudu mina de, ku te kabesa, klopo ku alima ni tela non. E na sa pa nen ngaltu ku ka-da mali tela fa ola a ka-xe ba tela nge; e posa tela di blanku o di pletu me, ku kwa ka-sa ka-kole bwadu da nen nge se, zo ola kwa ka-bilotlo a ka-bluguna bi San Tome ku Ie (Wola tela bila glavi da nen nglatu se wo, wola a sa ku sawodji di nen konpa ku kuma dinen... - nen folo se sa mo ploko). Tela se ku a da mali de, volo da nen numigu blanku, ku ka-fika ku goxto ola folo ka-luma kega pe vapo/avyon bluguna ba tela zo ka-bili boka se fede ka-da mali di San Tome ku Ie ku nge de, soku ka-bila bili potto manda inen lentla.

Nkya unwa xitu ni "Net", ku sa luge pa nen folo po be kwa ku nga pensa ku kwa ku ka-pasa ni mundu ten, zo pa a po fada mu kwa ku a ka-pensa ten. Nbila te xitu ni hi5 ku ka-sama http://polimadu.hi5.com/ y nala so nga fe migu, pe kletlatu di tela, xkleve kwa da nen nge konxidu di San Tome ku Ie. Xitu se ku nkya plume, nfise y nbili ise.

Zo nga bi xkleve kwa mu ni folo tan, punda sela nbila dotolo ni lungwa di tela mu fan... Nge ku na sebe fa ka-ba xina o xi a mese a ka-po piji nge pa a po pe ni putugeji ten.

Ndumu e naye...

Jykiti Wakongo

MUNDU KU DOSU KOLO

MUNDU KU DOSU KOLO

Mundo se non te dosu kwatu, unwa sa blanku y otlo sa de pletu! Nna ka-po fla ni mundu se se fla ni Desu fa. Nxkleve unwa mina kwa ku ka-fla ni Desu pletu plume y myonle nga ba fla di mundu ku kwa ku ka-fla ni modu ku a fe mundu non, punda nmese pa nanse po sebe kuma Desu ku a ka-fla nen donu non, sa kwa ku a pensa ni kabesa nen kolonba, zo a xkleve kwase pe livlu mo kwa ku Desu fla. Kwa ku a mese tan sa pa nge kele ne y pa nen te modu di manda ni nge ku a mese, ni kwakwali kamya ku e ka-sa ne. Elemanda ku yo di gleza ska-bili, ka-bila kosa da kwa ku a fla ne plume, bila nge kabesa ku klovensa doxi, maji e sa blanku me so ska-fe kwase da pletu, punda kwa ku blanku mese tan sa futa djelu y ba sebe di vida de. Ni tlaxi nfla kuma Desu di Aflika sa pletu y a golo tudu modu pa pletu po kese de y pa a po kele ni "Desu" ku a kya da nge ni mundu. Nayen, nga bi fla di modu ku blanku fe mundu de ku demanda, ku sotxi, ku bodon, ku otlo-otlo kwa ni tudu kamya ku nen djabu se vala ne, pa a po tom konta di tela ku sen ni mundu.

Nen nge di Koreya, ola nen "eulo-amelikanu", ku nen kolonba ku ka-bi fo tela blanku ka-ba ala tela dinen, a po ta ala yo meji, fe migu ku inen, maji nen na ka-bili potto da inen djabu se fa... nen na dodo fa! Xi nen bili potto koboke dinen da nen demono se, nen sa nen buyadu so. Mo non pletu ku ka-bili potto da tudu kaxta di kolonba o kaso ku ka-bi fo otlo tela, fla kuma a sa migu non, a mese zuda, soku sa ni padise se!

Tudu non sebe kuma ni mundu se non, dosu kolo tan so ku sen: blanku ku pletu. Mundu se te dosu kwatu kolo y non na ka-po fe nadaxi fa. Modu ku a fee, tudu kwa ku a ka-fe ni mundu se ku non sa ne ka-vive sa da unwa kwatu tan. Kwa sa fedu da kwatu se ku nen blanku sa ne, punda mundu sa de fedu ni modu pa inen soku ka-manda ne. Non tudaxi sebe kuma blanku lentla tela pletu mo migu, maji ola pletu ku te bon kloson de moxu pa e tason pikina, e tom mon-mon y na ska-bila mese xe maxi fa. Unwa dja ku a be kuma tela pletu te kwa ku vale yo djelu, a pega pletu ku a poji bende, ku kega ku a futa ni tela de lolo. Kwase naxi kaba fa, ante oze tela pletu sa luge ku a ka-bi txila kwa ku a mese, xi a na fute fa, a ka-kople plesu ku bwada inen, punda pletu mese budu pa e ba kopla vin-pema de pa e bebeda tan; ku sigaru de pa e venta tan, lega mwala ku anzu ni koboke ku mixidaji. Zo e te ixi ku ka-txila unwa minda djelu se (ku na ka-xiga fa) fika pe ke pa mwala fe kume ku e, maji maxi montxi minda djelu se, pletu ka-da ku e ni kadela be ku e fela ba patxi ku nen vajin ku plasela y bebeda de sete-folo.

E te tela pletu ku blanku pujita ne y na mese xe ne maxi fa. Ixi ku xiga plume ku toma tela ni mon pletu da nen mina nen mole, maji ukwe dinen ku nanse y ku fika ni tela pletu mo plaga ska-tom tela pletu mo kwa ku tokinen, o ku nen donu nen bi ku e fo ose. A na mese pa pletu ba we fa! Tudu djelu ku a ka-nganya, a ka-ba pe ni tela di donu nen ku saji blanku, pa nen po bila maxi liku y kya mina nen ku bega godo. A ka-fla kuma pletu ska-mata otlo, maji kenge ku ka-fe pingada ka-bende da pletu ku te ma kloson, ku ka-bende non? Non sebe kuma ola pletu ka-dana tela, e ka-sa bwa pa nen kolonba lentla bi zuda non ku fanya, loso, sukli, salu, fezon, zette, lopa, pa non te kwa di paga inen, maxi doke plesu di kwa ku a fla kuma a "ska-da" nge. Tudu nen kwase, pletu naxi sebe antawo fa! Sela a bili nen we, pya kolo di kwa ku a ska-fe ku tela, punda non me so mese pa tela ska-dana de axen...


Mofala, xi ni San Tome ku Ie, xi folo tende konse di blanku, ola ku e ka-bi de fo nfenu bi fla kuma vijan/lumon non mese tom non losa, txila non awa ku toka non, txila non kakai, bana o kafe ni matu, o fla kuma nge Ngola o Ie ska-mese fe non mali y non ka-sa ni pingada ka-kopla ku djelu ka-gaxta pa a da ke fogo, mata nge nosentxi di vida de, da losa fogo, dana xtlada, kenge ku ka-padise?
Kenge ku ka-mole, lega anzu se pe o se men de?
Kenge ku na ka-te modu di txila kwa kume ni losa fa y ka-sa ni mixidaji?
Kenge ku ka-fika se xtlada di nda ne?

Kenge ku ka fika se koboke de?
Kenge ku ka-plede y kenge ku ka-nganya?


Non tudaxi sebe kuma xi klupa saji non, ku ba tende fitxiselu ka-baya da non, maji axen me non de djelu pa e fe xtluvisu se...

Tende konse di blanku ku mese fe nogoxo de soku ska-mata non!! Elemanda ku nga fla kuma tudu kwa ku ska-pasa ni tela pletu sa punda pletu so mese y blanku soku ka-da kabesa dinen pletu se konse y vota pa a po lentla ni blaku se ku a sa ne. Ni televizon, pletu ka-fe kwa ku blanku ka-manda inen fe tan. Ola ku a ka-musa kwa ku toka blanku ku tela de, a na ka-be nadaxi ku ka-suzinen kala fa; kwa ku sa fe ni supe da mundu; kwa ku ka-txila glavi ni kwa ku a mese pa a kunda kuma tela dinen sa. Maji ola e ka-sa kwa ku toka pletu, a ka-musa kwa ku we na ka-mese pya fa; kwa fe ku ka-da nge mendu tan; nge ku mixidaji ka-piji kume; nge ka-mata nge; nen mosu novu ka-futa; nen mina mwala ka-bende ubwe plovya di xinku-kloa; nen pletu ku ka-lega tela nen (bende gleba, bende ke, futa nge djelu) tufu pe kanwa pixkado, bluguna ba tela blanku; pletu ku ska-mese lentla nen tela ku a ka-pega tufu pe vapo mo bwe y otlo ku a ka-da ku bala o ka-mole.

Ni "Rdp-Aflika", ku a ka-sama televizon di Putuga pa tela pletu, na ka-musa nadaxi ku sa bwadu da pletu fa. Non na ka-be poson ku sen fa, tudu kwa ku a ka-musa sa matu, xitu ku nge suzu-suzu, ku lopa fonodu ni ubwe so. Elemanda, ola nen blanku ka-be pletu nala tela dinen, a ka-punta xi nen ka-dumini ni liba po mo makaku! A fe unwa kwa ku a sama "Aflika-Global", pa a musa kwa ku pletu ska-fe, pa a po te modu di na bila te zuda di blanku fa, maji a ka-musa ome ka-klaga matu ni ke-banyu pa nganya djelu, mina pikina ku mixidaji, ni lwa ka-piji kume suzu kotokoto, zo unwa nen mwala se putuga ku ba unwa nen tela se di pletu e be unwa anzu ni mon di men de y vajin se (blanku) fla axi: " ... e te dosu anu, maji e sa txoko pasa pa anu ku e te; we de sa sonbladu mo di unwa nge ve; kabelu sa kolo bobo punda mixidaji...". Na sebe xi kwase sa pa e zuda anzu se o xi e ska-fe poko di pletu ku sa ni sufli se fa.

Kwa ku ka-da mu leva sa ola pletu ka-musa blanku ku kanta o ku ka-plase ni televizon di blanku, ku kanta vungu di tela de o xkleve kwa di tela de da blanku, ku a ka-fla kuma a sa xintxidu ku e, a ka-sola ola e ka-mole, mo sun "Elvix" ku kanta vungu di pletu ni Amelika y tudu nge sebe, maji a ka-fla kuma e fe vungu di blanku. Sun "Elvix" se na fla kuma nen vungu se ku e tava ka-kanta sa vungu ku e tava ka-tende nen pletu dala ka-kante fa, punda e sebe kuma blanku na ka-pode fa y ante oze e te yo di blanku ku na ka-kele ni kwase ku nfla fa. Ami so sebe kuma xi e ka-fla kuma nen vungu se sa di pletu a na ka-xe ni ke ba tende fa y inen vungu de na ka-bende fa.

Myonle e bila te "Eminen", ku ka-kanta vungu di pletu da blanku, maji kuma e sa de blanku ku kabelu lolu ku we zulu, vungu de ka-bende yo, maxi doke vungu ku nen pletu dala ka-kanta. Ola nen nglantu se, kolonba di Brazil, ka-xkleve kwa di inen pletu ku ka-kanta ni Amelika, a ka-fla kuma tudu dinen mosu se tava ka-bende mindjan y tava ka-futa nge kwa ba kadja, soku Desu zuda inen elemanda a ska-kanta wo! Maji xi a pya kwa ku nen djabu se me ka-xkleve da nen kolonba ku nen ka-gogo ku vungu dinen, a na ka-sebe xi nen futa, xi a mata nge, xi a bende mindjan, xi a xe ni kadja fa!"...

Xi nba tlaxi, ola ntava ka-fla ni motxi di nge ku ka-xkleve kwa tela o kanta vungu pletu ni Aflika, nyua televizon di tela pletu ka-musa o ka-fla di sun se mo a ka-fe ku blanku ola ku e ka-mole ni nfenu de. Pletu mo Mamadou Konte ku mole, ku fe yo di vungu da Aflika, a na ka-fe unwa kwa ni televizon pa a fla de, fla di kwa ku e fe da tela non fa y kuma e sa bwa da nge di Aflika, pa bila kwa xintxidu non liku, nadaxi... Sela blanku so ka-fe, zo ola nen mese, xi a mese, so a ka-musa non! Pa pletu, nen kwase na vale fa. Kwa di tela de na vale fa, andeji me punda xi blanku na fade nadaxi fa e na ka-sebe fa! A ska-tende mu za?

E bila te kwa ku a ka-ngoxta di musa ni televizon da povo pasa, ku sa kwa ku ka-te ome ku ka-dumini/ka-gogo ku ome (blanku fe kwa de pa e wanga dwentxi se pe mundu, soso e ka-pe kwa di ome ka-va ome kadela - mwala ku ka-dumini mwla ten - tudu ola pa povo po pya). Nen blanku se dodo ka-fla kuma kwa sesa doxi luma y e te pletu ku ska-mese fee ten...


Nen blanku ka-fla pa pletu na mata bisu pa e po kume fa, maji ola nen ka-bi Aflika, a ka-paga nge djelu pa a ba mata nen bisu y bende xinkwenta mili(€) ni tela dinen. Nen blanku soku te kloneta di bwe plundadu ni sala di koboke, nala tela dinen; inen so te dentxi di ngandu, dentxi di lefantxi, pele di yo bisu di Aflika ni koboke dinen. Kenge ku ka-bixi lopa ku sapatu ku a ka-fe ku pele di nen bisu ku a ka-mata nay e? Pletu so e na sa fa! Punda djelu di kople, adewakongo!

Zo a ka-fla kuma nen bisu ska-kaba ni matu lolo, punda ome ska-kaba ku matu, ska-kota po ni matu lolo pa ba bende y fe ke ku e. Maji nen po se ku a ka-kota ni Aflika ka-be ni vapo ba tela nen blanku se, ku ka-fla nen kwase o! Nanse ka-po fada mu, ke kwa ku nen demono se blanku mese?


A ska-lenbla di sun se blanku mufinu ku tava pade di gleza ni San Tome ku Ie, sun "Bixpu Abili Liba" - (letlatu sun sa ni "artigu IDF..."), ku futa yo djelu ni banku ni San Tome, ba fe xtlada ni tela ku e nanse ne ni Putuga? Sun se me ku nen blutu ku ska-manda ni tela ba ngana povo, fla kuma a ba fe misa da Desu pa zunda non ku "pedon" di yo di djelu ku nen nge godo non tason futa povo. E te nge ku ka-kele kuma sun se na sa djabu fa! Sun sa nala ka-fe xtluvisu da nen migu sun blanku, ku sa ni tela di blanku pa inen po be modu di bende livlu ku nen xkleve ku ka-fla di Desu dinen blanku. Kwa ku a ka-dumini y koda ku e ni kabesa tan sa djelu. Xi yo pletu (maxi montxi nen sange ve) lentla ni kwase di gleza, nen ka-da "jimola", y e sa maxi djelu ku nen ka-te pa a po pe ni jibela nen, bila liku.

Ni mundu, a fe yo di gleza, pa xi unwa nge na kele ni unwa fa, po ba otlo ku ka-fla otlo kwa, maji pa unwa Desu se me y vonte di ngana nge y tufu djelu pe jibela sa fotxi pasa. Xi pletu ka-xe de di Aflika ba tela blanku ba fadinen di kwa ku e tende Desu de pletu ka-fla, nen blanku se me ka-kole ku e, da pletu se fogo, sama demono, zo a ka-bila fle: "Fo day, djabu! Fo day satanaji... Be bo kamya anji bo fo! Djabu leva bo!...

A bili we o! Punda mundu se sa dosu kwatu!

Kwa nmese tan sa pa non te pon, paji ku amole ni San Tome ku Ie. Bamu vive ni paji ku sosegu, patxi pon da tudu nge ku ka-tlaba da tela, se koye nge pikina ku a na konse nomi de fa ku nge godo ku tudu nge konse.

Nkunzula tudu nen pletu se nglatu! Nkunzula tudu nen blanku se ku ka-fo nfenu bi txila non paji ni tela non!
Bakwe pletu ku tela de!

Jykiti Wakongo

VUNGU DI PLETU

Ora viva!
Relativamente ao programa "músicas de África", apresentado em canais dos PALOPs e portugueses, gostaria de dar uma sugestão: alterações no formato e apresentação do programa. Um apresentador sem pretensões comerciais e tendenciosas. A apresentação com uma jovem negra e não mestiça ou cabra, como a bastarda Vanessa ( que era para combinar com o ar de ignorante e o cabelo desfrisado do pseudo-apresentador/cantor Rogério Dinis - MC Roger ).

«É o nome de um programa musical que passa ,todas as sextas á noite, na RTP África.Durante cerca de uma hora passam videoclips mais ou menos conseguidos de música africana.Infelizmente,na minha opinião,as melhores musicas nunca passam e aí se calhar a culpa não é do programa.Isto dos videoclips ainda não cativou muitos dos grandes nomes da musica africana...Bem,para não dizerem que eu sou má,embora os clips não sejam por aí além,as musicas, até certo ponto, não são más.O que acho triste é o esforço por emitar os afroamericanos da cena Hip Hop e música sim,música sim lá aparecem duas ou três belezas africanas, seminuas, a contorcer-se sensualmente(?) á volta do cantor "estrelo".E é essa a imagem que fica da mulher africana... Mas nada disso é muito grave quando chegamos ao apresentador.Senhores!Onde é que o foram buscar?Porquê que alguem achou que ele servia para apresentar aquilo?!Tanto mais grave é por ele já apresentar o dito programa há uns anos.Mesmo assim,ainda gagueja,atrapalha-se a falar,dá pontapés na gramática,solta frases sem nexo...Talvez fosse desculpável se fosse um directo.Mas não é!Não é! Na sexta feira passada, quando pensava que nada mais me surprenderia naquele Músicas D´África, heis que o apresentador anuncia o próximo artista,"um jovem talento da musica moçambicana",e prossegue tecendo rasgados elogios ao clip que se prepara para exibir.A música começa e qual não é o meu espanto ao verificar que o artista não é outro senão...o próprio apresentador(que por acaso tb é cantor)!!!Putz!Quê isto?Nunca vi tamanho narcisismo!Para não falçar em falta de ética...E ninguem tem mão nele!Nós,espectadores da RTP África temos que levar com ele.Se calhar os senhores lá da RTP África são daqueles que pensam "para quem é ,bacalhau basta".Ai,Ai...»

Esse comentário que coloquei acima pertence a uma jovem dos Palops, que tem estado bastante indignada com a forma como é apresentado o formato televisivo do programa "Músicas de África", na altura, pelo pseudo-apresentador Rogério Dinis, e actualmente com uma cabritinha (porque não poderia ser uma bem negra de Quelimane), Vanessa, de moçambique, por sinal, para promover as músicas do referido pseudo-apresentador e a sua cabritinha. Não têm qualquer tipo de escrúpulos e passam apenas as músicas que lhes agradam e nem fazem questão de pôr as músicas de todos os Palops. Já vi músicas de caboverde bem antigas a passarem vezes sem conta, as do pseudo-cantor/apresentador e em clips onde esse delinquente, "protagonista" de televisão aparece e dos seus amigos moçambicanos.

Em relação às músicas da minha terra, São Tomé e Príncipe, há já algum tempo tem tido grandes talentos, a sua passagem no programa é praticamente nula. Não se vêm passar músicas de São Tomé e Príncipe, por que razão? Apenas passam clips de músicos ao gosto da cabritinha e o "pseudo-cantor, pseudo-apresentador" do malfadado programa! As músicas mais divulgadas e promovidas por esses delinquentes são as de cantores mestiços ou com presença de europeus ou ainda moçambicanos e caboverdianos, como seria de esperar nesse negócio de África!...

Lamento o oportunismo mediático desses traidores da nação africana e deixo aqui a minha profunda decepção quanto às escolhas de apresentadores, que ao meu ver são dos piores vistos em toda a Palopada. Eles sabem o que fazem, mas dizerem que aquilo é um programa de músicas africanas ou dos Palops é mesma coisa que mandar cantar o ceguinho. Vá, força! O fim dos vossos dias não tardará! Diabos vos acompanhe para onde forem com o dinheiro ou fama à custa do nome da rica África. Amaldiçoadas sejam as vossas almas, seus infiéis!

Jykiti Wakongo

Friday, September 21, 2007

AKUME NGE UBWE

DEFESA PESSOAL CONTRA OS ANARQUISTAS DE STP

Não há muitos anos atrás, ouvimos relatos e cenários imperdoáveis em que determinados senhores, delinquentes, portadores de certos "poderes", agrediam cidadãos indefesos, sem qualquer tipo de autoridade legal, como o caso do sr. Posser e outros infiéis da nossa praça. O autoritarismo, a anarquia, a arrogância e o sentido de poder de que detêm muitos dos nossos (ex) ministros/as, (ex) directores/as, são inqualificáveis! Esses labregos que usam a humildade dos pobres estudantes, trabalhadores agrícolas, jovens, idosos e crianças para demosntrar o seu poderio político ou económico, devem ser ripostados com veemência. Não passam de oportunistas que durante longos anos (desde 1975) foram saqueando o dinheiro do povo com o propósito de submeter os pobres diabos ao jugo, total dependência, controlo e manipulação. Depois de possuirem indevidamente avultadas somas em contas no exterior, que são fruto de saques selvagens aos cofres do estado, esbanjam de forma abusiva e indiscriminada na Europa com vadias e seus filhos bastardos. Esses infiéis que lideram a tutela dos ministérios, das direcções e empresas públicas e privadas (mulheres e homens que são quadros do estado), que maltratam e gozam do respeito e da humildade dos jovens e da população de uma maneira geral, não devem merecer o repeito de nenhum cidadão. Face a esse tipo de violência gratuita e arbitrária contra os indefesos chegou a hora para tomarmos uma posição mais firme. Após as agressões físicas e psicológicas que esses delinquentes exercem sobre as vítimas, os mesmos acabam por ficar impunes, o que conduz a uma situação de caos na sociedade santomense. Há que tomar medidas preventivas no sentido de pôr termo aos demais autores de tamanha insensatez e má conduta contra os membros da sociedade.


A necessidade básica de sobrevivência do ser humano em cenários de perigo iminente recomenda a que qualquer cidadão que seja atacado por delinquentes que dirigem o nosso país, principalmente, tenha uma forma para se defender dos presumíveis danos corporais de que poderá ser alvo. Em situações de ataques violentos perpetrados pelo agressor a única forma para se defender é impedir ser alvo de ataques. A filosofia da defesa pessoal prima em indicar um percurso que proporciona a qualquer cidadão santomense a capacidade de exercer o direito à vida. Nesse tipo de técnica não existem regras, dado que tem por objectivo possibilitar ao cidadão uma acção em legítima defesa em cenários de violência iminente. Independentemente da condição física, idade ou sexo, essa técnica é objectiva, simples e rápida, embora não se tratando de arte marcial. Visa evitar que o agressor agrida a vítima, o golpe que é desferido alcança o alvo com cerca de dois terços do peso do corpo, que com certeza é muito superior a força muscular do membro superior de qualquer indivíduo que aplica o golpe. A forma como o golpe é "disparado" contra o agressor chega a funcionar como uma mola que quando descomprimida, solta-se. A velocidade atingida durante o "disparo" do golpe mantém-se constante, independentemente da distância, isto porque o este já possui a velocidade máxima. A força aplicada contra o agressor deve atingir pontos sensíveis do corpo e na prática deve ser curta e rápida. O impulso reactivo é facilitado pelo fenómeno surpresa. Portanto, uma defesa pessoal simples de sobrevivência é bastante útil para qualquer cidadão em situação de ameaça ou perigo real. Convém que se apreenda algumas técnicas de artes como a capoeira ou jogo de cacete da nossa terra.


Pelo facto de alguns desequilibrados políticos andarem armados e ameaçarem a comunidade utilizando o seu prestígio de inpunidade e força, tentando fazer o uso e abuso do poder que detêm, infringindo a lei, agindo por conta própria, de forma cobarde, convém estarmos preparados para eventuais abordagens desses potenciais criminosos. Houve cenas pouco simpáticas protagonizadas por Gabriel Costa, que demonstraram de forma evidente a falta de postura intelectual de um cidadão que representava a Nação são-tomense. Dado que ninguém ou merece ou pede para que seja violado, assaltado ou agredido fisicamente, pode-se partir do pressuposto de que quaisquer autores de ataques são os únicos responsáveis pelas agressões e da utilização da volência para dominar, abusar e controlar o outro.

Para terem uma ideia do que foi dito acima, queiram consultar alguns links:
http://defesapessoal.com.sapo.pt/treino_real_em_defesa_pessoal.htm
http://defesapessoal.com.sapo.pt/tecnica_invencivel.htm
http://defesapessoal.com.sapo.pt/pontos_vitais_em_movimento.htm

Quanto ao tipo de curso que devem ser frequentados e as condições de acesso, eis algumas questões e respostas pertinentes (Fonte: Internet):

1. O que é defesa pessoal?
Defesa pessoal é o conjunto de noções de estado de alerta, análise de situações, formas de confrontação verbal, estratégias de segurança e técnicas físicas, que permitem a alguém escapar, resistir ou sobreviver a ataques violentos.

2. A defesa pessoal funciona?
Sim. O treino de defesa pessoal pode aumentar as nossas opções e ajudar a preparar respostas que atrasam, invertem, ou interrompem um ataque. Como qualquer ferramenta, quanto mais se sabe acerca dela, mais informados estamos para tomar uma decisão e para usá-la.

3. A defesa pessoal é uma garantia?
Não. Não existem garantias, quando se fala de protecção pessoal. No entanto, o treino de defesa pessoal pode aumentar as nossas opções/escolhas, e o nosso grau de preparação física e psicológica na matéria.

4. Existe algum curso de defesa pessoal "padrão"?
Não Existem muitos formatos de treino. Os cursos podem ter durações tão curtas como duas horas, e tão longas como oito semanas, ou um semestre. Qualquer que seja o programa, deve ser baseado em maximização de opções, técnicas simples e respeito pelas experiências individuais dos participantes.


5. Existe algum tipo de curso do qual me devo manter afastado?
Só você pode responder a essa questão. Informe-se sobre a filosofia do programa e os antecedentes do instrutor. Observe um treino, se puder, e fale com o instrutor ou com um participante. O instrutor mostra-se conhecedor, e respeitador das suas preocupações? Tem uma duração e horário com a qual pode comprometer-se, e um custo que você pode pagar? Você merece ter todas as suas questões respondidas antes de aceitar frequentar um curso de defesa pessoal.

6. O que é melhor, um instrutor ou uma instrutora?
Para as mulheres, existe uma vantagem em ter uma instrutora como modelo, já que tem experiências similares sobrevivendo como mulher. Cursos só com mulheres tendem a proporcionar um ambiente mais fácil à discussão de assuntos ditos sensíveis. Por outro lado, algumas mulheres sentem que o facto de terem homens como parceiros de treino pode aumentar a sua experiência. A qualidade de um curso depende do conhecimento, atitude e filosofia do instrutor, não necessariamente de ser masculino ou feminino. O aspecto mais importante é o instrutor, seja homem ou mulher, definir o treino para os participantes atento às suas habilidades e características individuais. Sentir segurança e construir confiança são pontos anteriores à aprendizagem, em termos de importância.

7. Tenho de treinar durante anos para aprender a defender-me?
Não. Um curso básico pode proporcionar suficientes conceitos e aptidões para ajudar a desenvolver estratégias de protecção pessoal que poderão depois ser mais desenvolvidos. A defesa pessoal não é treino de artes marciais. Não requer anos de estudo para aperfeiçoamento. Muitas pessoas conseguiram improvisar, impedido com sucesso um assalto, por exemplo, sem nunca terem frequentado um curso de defesa pessoal. É frequente as pessoas praticarem estratégias de defesa pessoal sem terem consciência desse facto!

8. Se uso técnicas físicas de defesa pessoal posso acabar mais magoado?
A primeira questão a responder é o que quer dizer "mais magoado". Sobreviventes de violações abordam com frequência a duração das "feridas" emocionais, que se mantém muito para lá do desaparecimento das "feridas" físicas. Existem estudos que comprovam que uma resposta física em legitima defesa não aumenta o nível de "consequências" físicas, e por vezes até o diminui. Além disso, cooperar com um atacante não oferece nenhuma garantia de evitar uma agressão física brutal, apesar de por vezes acontecer. O propósito de usar técnicas de defesa pessoal é travar ou inverter a "escalada" de uma determinada situação e escapar assim que possível. (...)

9. O que quer dizer "realista"?
Palavras como "mais realista", "melhor", "sucesso garantido", etc, são termos de propaganda. Escolher um curso de defesa pessoal é uma decisão séria e deve ser por isso realizada alguma pesquisa, precedente à decisão. Nenhum programa ou instrutor pode pretender recriar um ataque "real", já que existem tantos cenários distintos, e porque um ataque real pressupõe uma luta sem regras, em máxima força, velocidade e potência, o que seria irresponsável e extremamente perigoso de realizar, no âmbito do programa de um curso de defesa pessoal. Um treino de defesa pessoal responsável pressupõe e requer controlo, na realização de treino com parceiro. É importante que cada participante mantenha o controlo sobre a sua participação nas actividades do curso, e nunca se sinta forçado a participar. (...)


10. Sou demasiado velho? Estou demasiadamente "sem condição física"? E se eu tiver alguma deficiência física?
Você não precisa ser um atleta para aprender a defender-se. Um bom programa é estruturado para se adaptar a qualquer idade e aptidão, e oferece a cada participante a oportunidade de aprender. Cada indivíduo é único e os participantes devem ser capazes e sentirem-se à vontade para discutirem aquilo que considerem ser as suas necessidades na matéria. Alguns programas prevêem classes específicas para grupos específicos.



Nessa matéria, ficou uma pequena ideia de como o povo deve começar a avaliar a atitude dos indivíduos que têm o nosso destino nas mãos. Por enquanto, são aqueles insanos que reinam nas nossas ilhas e que abusam do poder de que detêm e, sem qualquer escrúpulo, zombam da sua sorte. Por isso, chegou o momento para que o pequeno seja protegido. Por favor, não se acanhem perante esses pervertidos, ajam com coragem e determinação que a terra não é só deles e dos seus filhos, é de todos os cidadãos de São Tomé e Príncipe. Quando não forem respeitadas as regras de conduta de um país democrático, e esses selvagens engravatados continuarem a obrigar que lhes tratem por "doutores", não tenham medo, não hesitem, vejam que todos temos o nosso nome, embora não seja do agrado da maioria (gente com o "poder" financeiro e/ou político, e recorde-se: todo o dinheiro que possuem foi furtado ao povo, i.e., é o produto do trabalho de cada um dos pobres que é acumulado num só indivíduo charlatão ou corrupto). Exijam o respeito que merecem e cumpram o vosso dever de cidadão exemplar que o futuro será próspero.

Na lega nge kume bo ubwe fa!

Jykiti Wakongo