Thursday, April 24, 2008

MONKO

MONKO

Monko (ou moncó) é a designação atribuída aos naturais da ilha de Príncipe, pelos foros e angolares da Ilha-Mãe, São Tomé. Trata-se de um povo bastante perturbado com o facto de representarem apenas cerca de 4% da população são-tomense, habitando numa área relativamente pequena comparada com a da ilha de São Tomé. Os monkos que constituem os cerca de entre 7000 e 8000 indivíduos, sensivelmente, têm no seu meio uma percentagem significativa de descendentes de caboverdianos, que pode atingir uns 30% em toda a ilha do Príncipe. São esses membros de origem mestiça e bastarda, imigrantes das ilhas de Cabo Verde que manifestam comportamentos bastante impróprios para uma cidade civilizada. Têm maus habitos, comportam-se de forma bastante agressiva e violenta. Foram trazidos para o arquipélago sob a força do regime fascista português para o trabalho escravo, na época colonial, e nunca mais foram repatriados pelo governo de Pinto da Costa, logo após a independência, ou por um outro qualquer posterior. Tanto esses como os tongas de "gabão" foram deixados para trás pelos invasores e colonos portugueses, entregues à sua própria sorte, abandonados nas antigas roças de café e cacau, acabando de forma natural por se integrarem no seio da comunidade são-tomense sem discriminações acentuadas. A maioria desses descendentes não conhecem outro território que não aquele em que viram seus pais nascerem e que pertence ao arquipélago de São Tomé e Príncipe, por isso deveriam considerar-se cidadãos nacionais e não caboverdianos. Não obstante, reclamam que são caboverdianos! Estranho, não?! Os dirigentes caboverdianos dirigem-se às ilhas de São Tomé e Príncipe, às antigas fazendas de brancos, onde continua a residir uma forte comunidade de descendentes de Cabo Verde, cujo breve historial retratei no artigo intitulado "KABUDJU", em arquivo.


Se a nacionalidade desses "principenses" e "são-tomenses" de origem caboverdiana não é definida pelo sistema político são-tomense de forma clara e transparente face à lei vigente, então estamos perante um dilema! Temos vindo a observar que políticos caboverdianos têm-se imiscuído em situações políticas de carácter nacional, tendo exercido fortes pressões, forçando os desiquilibrados dos políticos do governo regional e central são-tomense a cederem à acções de "desenvolvimento" e "progresso" de cidadãos do Príncipe, em projectos de ensino, etc., em parcearia com o Estado são-tomense. O que ao meu ver, julgo tratar-se de um gesto mesquinho por parte do governo caboverdiano, que tomaram posições políticas dentro do nosso território, tentando ganhar protagonismos baratos e projecções estratégicas de humilhação do nosso país, usando inteligentemente os "políticos" incompetentes das nossas ilhas, para demonstrarem solidariedade para com a parte do seu legado histórico no nosso país. O mais grave é que o projecto de "cooperação" envolve uma intervenção directa de cidadãos estrangeiros exercendo actividades de índole sociocultural do Estado são-tomense e, pior do que isso, a prestação de serviço a uma comunidade portadora de nacionalidade são-tomense. Não é absurdo!? Um outro absurdo, segundo a minha perspectiva, é o facto de existir uma enorme injustiça e discrepância na gestão de coisa pública por parte do governo central, relativamente à região autónoma de Príncipe, uma vez que o financiamento (orçamento não justificativo feito pelo governo central, tratando-se de um território autónomo) e a partilha do grosso de infraestruturas constituem em termos percentuais 60% para a ilha de São Tomé e 40% para a ilha do Príncipe. Uma percentagem absurda se contabilizarmos o número de população das duas ilhas.


Se avaliarmos a vergonha política que se vive em São Tomé e Príncipe, pode-se admitir que é iminente uma nova colonização no território nacional, com o consentimento integral dos dementes "políticos" sem escrúpulos, e que pode não constituir uma surpresa para os mais atentos! A pobreza mental gritante que é peculiar dos ngandus leva a que se possa concluir essa possibilidade. Contudo, gostaria de ver declarações abusivas serem proferidas e acções de natureza humanitária serem levadas a cabo em regiões problemáticas onde residem milhares desses labregos mestiços, pela Europa, América, etc., sem condições mínimas e humanas de habitabilidade, onde seria imperativo a intervenção de altos dirigentes caboverdianos; onde são sim, legalmente, considerados estrangeiros, cidadãos africanos, pretos, ou ainda, imigrantes de primeira ou segunda ou terceira geração. Em estados como os EUA, a Holanda, a França, a Espanha, o Portugal, o Moçambique, a Angola, o Senegal, etc.,empregam-se políticas constitucionais coerentes, seguindo uma certa lógica e não admitem tamanha falta de respeito diplomático dessa natureza. Nestes países, não se vêm políticos caboverdianos criticarem os seus sistemas políticos de governação, alegando injustiça e maus tratos contra os filhos de Cabo Verde, pelo contrário, fortes elogios são tecidos aos responsáveis políticos pelos esforços desenvolvidos e trabalhos desencadeados pelas perfeituras, câmaras municipais, organizações não-governamentais, e outros orgãos de âmbito sociocultural. Portanto, o que se passa neste momento é objecto de uma reflexão profunda. A manifestação de uma atitude pretenciosa, calculista e desproporcional, por parte daqueles imbecis mulatos, obriga-me a alertar para que saibam que não se tratam de poucos milhares de "miseráveis" que existem em STP, muitos em melhores condições de vida do que os nativos (foros) ou angolares, mas sim de dezenas e dezenas de milhares de descendentes de caboverdianos que padecem longe da sua terra.


Príncipe (Ie, em lungye) é uma ilha em que os naturais (diria, desnaturados) consideram como esquecida pelos governantes do arquipélago, "separada" da Ilha-Mãe, um território à deriva, que de forma absurda merece uma independência de São Tomé e Príncipe. Pelo mundo, os monkos queixam-se por causa da falta de apoio financeiro, de justiça, da educação, de bens alimentícios, da saúde, de transporte, electricidade, água potável, etc.; sentem-se discriminados pelos originais da ilha de São Tomé, todavia, são os primeiros que se auto-afirmam como pertencentes a um grupo à parte, "cidadãos do Príncipe", "principenses", ignorando os nativos da ilha de São Tomé. Esses ingratos e monkos bastardos são como camaleões, não têm uma conduta firme no que toca à sua origem, à valorização da sua cultura. Alguns, ouvi dizer que se consideravam como sendo 90% caboverdianos e 10% europeus, mas que, surpreendentemente, haviam nascido na ilha do Príncipe e aí residido até a idade adulta e pelo menos um dos parentes era de origem foro ou monko.
Não querendo generalizar, alguns foros, porém, também têm trilhado por esse caminho, não admitindo sob hipótese alguma serem identificados como foros, africanos, assim que fixam residência no exterior (como estudantes ou imigrantes) ou, mais frequentemente, quando renunciam à nacionalidade são-tomense e adquirem uma europeia ou de países de mestiços bastardos. Logo que se vêm distantes da Ilha-Mãe que lhes viu nascer e pousam na terra do "salvador abençoado", renegam todos os seus "amigos" e colegas de infância, parentes e ligações culturais com as ilhas maravilhosas. Somente, após longos anos de paródia na diáspora, pensam em matar saudades durante uns dias, mas desaconselham veemente os seus filhos e amigos que tencionam residir em África, porque segundo os seus pontos de vista (intrínsecamente fascista) é um "verdadeiro inferno"! Eu repudio impetuosamente esse comportamento traidor e venenoso contra africanos, salientando que o terrorismo e o inferno existe no mundo "civilizado", com consequências inerentes ao consumo de estupefacientes, liberalização da prostituição, promoção pela televisão e propagação de comportamentos sexuais macabros, promoção de infidelidade, crimes violentos, atentados bombistas em cidades, injustiça contra pobres, etc.


Na diáspora, os monkos posicionam-se no lado dos coitadinhos, oprimidos e desprezados pela terra, pelos governantes (foros), embora lhes dêem muito mais do que merecem na realidade. Pousando de miseráveis, vão formando pequenos grupos de monkos (e alguns amigos europeus, africanos, desde que não sejam "são-tomenses" - foros ou angolares), em vários países da diáspora (Gabão, Angola, Brasil, Portugal, França, UK, etc.), e vão pedindo esmolas e reconhecimento de um pvo injustiçado, rejeitado num território negligenciado, pobre, e apelam por solidariedade de outros povos "irmãos", desde que tenham capital e sejam europeus (ou fiéis a um regime pro-europeu). Não entendo bem por que não trabalharem sossegados aí na ilha irmã do Príncipe, aproveitar a paz, a tranquilidade e a beleza paisagística que a terra oferece. Porque diabo, vivem acusando os foros de serem os culpados de todos os seus males?
Ainda na diáspora, pelo facto de estudos de empresas petrolíferas estrangeiras terem divulgado prováveis localizações de blocos de prospecção com maior quantidade de hidrocarbonetos em regiões próximas da ilha do Príncipe, os monkos não têm feito outra coisa senão falarem da possibilidade daquela riqueza pertencer exclusivamente aos naturais da ilha. Andam como loucos procurando apoios de empresas e, eventualmente, individualidades, de maneira a que se fomentem revoltas no sentido de se afastarem constitucionalmente da ilha de São Tomé e Príncipe. Pode-se ver o que foram capazes de fazer com a "autonomia"! Mesmo com verbas que são enviadas com regularidade pelo governo central. É lamentável ouvir-se que pessoas tão desequilibradas quanto esses monkos, que têm essa ganância e apresentam enorme estupidez intelectual, pretendem uma independência para a ilha do Príncipe.


A ilha do Príncipe é chamada de Região Autónoma de Príncipe, que de autonomia nada tem e os seus "dirigentes", têm todos residência, vida familiar e negócios em São Tomé. Quando se encontram em "Pagé" - ilha do Príncipe, ainda pobres e sem poder, criticam ferozmente os são-tomenses, naturais da ilha de São Tomé, os dirigentes do poder central, mas alcançando o patamar do poder, nada mais têm a opôr-lhes e levam uma vida de reis, esquecendo-se de promessas e projectos de apoio às populações carentes e deixando de ser "principenses"!
Generalizando, o poder regional funciona com a mesma "cavalgada" que o central, por isso constata-se que todos esses ngandus malfeitores, enquanto tratarem dos seus interesses pessoais, nada mais importa! Os desiquilibrados desses ngandus venderão parcelas de terra (glebas), pertencentes ao povo à estrangeiros, por dez "vinténs", e ignorarão todos os cidadãos e desgraçarão os que tentarem impedir as suas corridas desenfreadas e gananciosas ao saque e às fraudes. O caso prático é o exemplo dos habitantes do ilhéu das cabras... mas outras situações lamentáveis e infelizes têm sucedido noutros pontos do território nacional, em negócios onde empresários estrangeiros se apoderam da terra e das pessoas que empregam, tratando-as sem um mínimo de dignidade. Quando os responsáveis pelo empreendimento tomam conhecimento por via da comunicação social, apenas aí, vêm afirmar que desconheciam o facto, e que medidas serão tomadas no sentido de se fazer aplicar as leis. Mas tudo não passa de uma mera distracção e manobra de maladro, porque no final de semana, eles mesmos são clientes nessas instâncias hoteleiras ou turísticas, acabando por ir ao recreio e jogar umas suecas com os alegados infractores.


Devido ao facto dos meus textos apresentarem linguagens fortes e duras, poderei erroneamente ser entendido como um elemento subversivo, ser caracterizado como um radical, embora nada tenha contra os nativos da ilha do Príncipe, porfiando apenas pelos direitos de cidadãos com uma nacionalidade e, por isso, julgo merecedor de uma opinião como direito que me assiste, independentemente da forma como é exprimida.


Arizona (West Coast,USA), April 24
Iyemanja zuda non,
Jykiti Wakongo

1 comment:

Anonymous said...

O pessoal do Príncipe tem muita mania, andam a formar grupos em países estrangeiros, por exemplo, em Lisboa, onde só integram "moncó" e brancos, excluindo em suas associações os naturais da ilha de S.tomé. Passam o tempo a dar mal dos que estão em S.tomé e não dão atenção a eles no Príncipe. Queixam-se de falta de tudo e pedem auxílio aos brancos. Mas nem sempre é ajuda, porque os que andam à frente desses grupos têm melhores condições do que todos os naturais de Príncipe, muitos têm casas em S.tomé e em Portugal.
Num encontro, em conversas, falou-se de filho de um dos dirigentes de Príncipe que roubou dinheiro que era para a associação, que ele dirigia, e foi comprar o seu carro. Todos eles têm bolsas e apoios do governo central, só que são ingratos como o porco. Viva S.tomé & Príncipe unidos!

Manuel