Friday, September 21, 2007

AVIJA NEN ANZU

COMO DEVEMOS PROTEGER AS NOSSAS CRIANÇAS?

Uma coisa é certa: uma criança esclarecida tem muito mais hipóteses de se manter em segurança. Segundo os psicólogos, se as crianças souberem detectar, reconhecer e defender-se dos perigos que as rodeiam, mais facilmente os evitarão. É possível ensiná-las a dizer não, melhor. Elas devem também saber que, embora aja pessoas amigas e de confiança, existem outras que são perturbadas e podem fazer-lhes mal.


Segundo um psicólogo, a “Prevenção criminal deve começar no processo educacional e de socialização das crianças (prevenção primária). Elas devem conhecer os problemas – através de um discurso orientado pedagogicamente para a necessidade de fazer escolhas e opções conscientes – e saber que existem miúdos pouco mais velhos que elas que, por esse facto, vivem uma vida marginal e para os quais valores como a felicidade, o bem-estar, a realização e o sucesso deixam simplesmente de fazer qualquer sentido”. (J.B.) Mas como pôr o seu filho de alerta sem que ele se fique amedrontado e inseguro? Poderá começar a ensiná-lo desde os três ou quatro anos, adoptando uma linguagem apropriada à idade e exemplificando através de jogos ou com a ajuda de bonecos como deverá agir em caso de perigo.



Eis alguns concelhos que podem ajudar o seu filho a sentir-se mais confiante e a evitar situações de perigo. Ensine-lhe as Regras Básicas. Há certas coisas que uma criança deve aprender o mais cedo possível:
––Nome completo, morada e telefone;
––O primeiro e último nome dos pais e os respectivos números de telefone do trabalho;
––Como marcar o número de emergência. (Desligue o telefone e deixe o seu filho praticar.)
––Considerar os polícias que patrulham as ruas do seu bairro e a entrada da escola como pessoas boas, de confiança, que existem para ajudar e proteger em qualquer circunstância.
Explique-lhe Onde Procurar Ajuda. A esquadra da polícia ou locais movimentados, tais como lojas e restaurantes, são os mais indicados. Faça o percurso até à escola com o seu filho e indique-lhe exactamente quais os locais seguros e aqueles que deve evitar.

Diga-lhe também quais são os vizinhos de confiança a quem ele poderá recorrer em caso de aflição. Visite-os e peça-lhes para alertarem a Polícia se observarem qualquer situação anormal. Saberão assim que você conta com a ajuda deles para proteger o seu filho, e este não se sentirá inibido se tiver de pedir-lhes ajuda.



Ensine-o a Defender-se. É essencial que o seu filho perceba que tem o direito de protestar se alguém o importuna. Se um estranho o aborda, poderá gritar “Este não é o meu pai ou a minha mãe!”, de forma a chamar a atenção. Se ele tentar agarrá-lo, gritar e espernear não é o suficiente, pois pode facilmente ser confundido com uma típica birra infantil. Diga ao seu filho que poderá mordê-lo ou enfiar-lhe os dedos nos olhos para que ele o largue.

É preciso repetir à criança que, por vezes, as pessoas maldosas têm um ar simpático e que é preciso desconfiar sempre das pessoas desconhecidas, mesmo que elas a chamem pelo nome. Recomende-lhe que não fale com estranhos e muito menos que aceite presentes deles. Dê exemplos de possíveis situações e de como proceder: se um desconhecido lhe pedir que o ajude a procurar o cão que fugiu, o seu filho deverá responder-lhe que não faz sentido um adulto pedir ajuda a uma criança e que vá pedi-la à Polícia.

Pode também acontecer que o agressor se faça passar por uma autoridade e tente convencê-lo de que os pais tiveram um desastre. Frise bem que ele tem todo o direito de se recusar a ir onde quer que seja com quem quer que seja.

É preciso também que o seu filho saiba quem é que está autorizado a ir buscá-lo à escola, como no caso de quem habitualmente o faz não possa ou até mesmo numa emergência. Insista com ele para que não saia com mais ninguém.

A criança também deve saber que tem o direito de recusar qualquer contacto físico que a incomode. Se ela não gosta de dar um beijo a alguém, não a obrigue. Um aperto de mão também serve para cumprimentar as pessoas.

No entanto, em caso de assalto, o seu filho deverá colaborar entregando de imediato dinheiro ou outro objecto que o assaltante exija. Nestas circunstancias é perigoso opor resistência porque o criminoso pode estar armado. É sempre aconselhável seguir a via menos violenta e não colocar a sua integridade física em risco.


Segurança na Rua. Sempre que possível as crianças devem andar acompanhadas, se não pelos pais, por alguém mais velho ou por um grupo de amigos. Ensine o seu filho a brincar com um amigo ou em grupo, aconselhe-o a evitar áreas escuras e isoladas, tais como descampados, ruas pouco iluminadas ou prédios vazios, e que tenha muito cuidado com as brincadeiras nocturnas na rua.

Alerte-o para caminhar com confiança e estar atento ao que o rodeia. Os criminosos são peritos em descobrir vítimas fáceis, crianças que pareçam perdidas, confusas, tristes ou perturbadas.

Se um carro o segue enquanto caminha na rua, o seu filho deverá dar meia volta e caminhar na direcção contrária. Não é provável que o condutor faça o mesmo, atraindo assim as atenções.

Diga-lhe também para se manter afastados pelo menos 5 m de um veículo que pare para pedir informações (mostre-lhe a que corresponde essa distância). Faça-o perceber que é uma boa opção dizer “Não sei” e continuar caminho. Em caso algum – mesmo que a pessoa­­ ­­diga que vem da parte dos pais – deverá a criança aceitar uma boleia de uma pessoa que não conhece.

Ao usar os transportes públicos, certos cuidados devem ser tidos em conta. Apesar de os carteiristas não representarem um perigo potencial para as crianças, pois sabem que não andam com muito dinheiro, é bastante útil seguir algumas regras básicas: andar com pouco dinheiro e distribui-lo por vários bolsos, pôr a carteira num bolso junto à pele, ficar o mais perto possível do condutor ou de outros passageiros conhecidos e saber perfeitamente o percurso que realiza e o e o local da sua paragem. Deverão transportar o menor número possível de malas ou sacos e também evitar dormir, ler ou ouvir música, isto poderá distrai-las do percurso e do que se passa ao seu redor.

E, naturalmente não deverão andar com objectos de valor, como fios de prata ou ouro e relógios de marca, à mostra. Também é preciso ter um especial cuidado se o seu filho transporta um telemóvel, deve ser discreto. É enorme a quantidade de crianças e adolescentes que são assaltados para lhes roubarem o telemóvel.


Segurança na Escola. Uma grande parte da violência contra crianças e jovens ocorre na escola ou nas suas imediações. Por outro lado, a agressão muitas das vezes surge da parte de outros alunos. Mesmo que a escola do seu filho pareça segura, mantenha-se atento. Comece por aderir à associação de pais e participe nas reuniões. Mantenha um contacto regular com a directora de turma. Fale também com outros pais, de forma a saber como convivem outras crianças com a escola.

É muito importante que esteja atento aos comentários do seu filho e converse com ele. Se ele lhe disser que tem medo de certos colegas ou receia ir à escola, saiba se tem sido vítima de violência por parte de outros alunos. Esteja também atento à possibilidade de o problema ser um professor ou um funcionário – e não ponha de parte a hipótese de abuso sexual. Contudo, ouça sempre os dois lados da história antes de exigir que se tomem medidas.

Ensine-o a não resistir se se sentir ameaçado. O melhor é tentar fugir, mas, se não o conseguir, mais vale ceder do que perder a saúde ou a vida. Se ele tiver sido roubado, fale com o conselho directivo e exija que façam uma participação à Polícia.

Se o seu filho realmente não se sentir seguro, considere a hipótese de o mudar de escola. Se não for possível, aconselhe-o a evitar alunos que consumam produtos ilegais como alucinogénios, se envolvam em brigas com frequência ou tenham atitudes de prepotência.
Segurança na Vizinhança. É obrigação dos pais saberem, em qualquer altura, onde se encontra o filho, mesmo que ele só tenha ido a casa dos avós, do outro lado da rua. Conheça os amigos dele, bem como os seus números de telefone, os nomes dos pais e onde vivem.

Um telemóvel seria uma forma de poder contactar o seu filho a qualquer altura, mas, isso pode contribuir para torná-lo num alvo apetecível para os larápios. Um bip pode ser uma melhor opção, o seu filho lerá as mensagens que lhe enviar.

Finalmente, ensine algumas regras básicas de segurança em casa, como, por exemplo, trancar as portas. Se estiver sozinho, nunca o deverá revelar ao telefone. A resposta correcta será dizer que os pais não podem atender de momento, mas que ligarão mais tarde. (Exercite este tipo de conversas com o seu filho de forma a que ele saiba como responder).

E quando chegar a idade do emprego em part-time, conheça a morada e o telefone do local. Se o trabalho consiste em tomar conta de um bebé, tente conhecer os pais primeiro. Marque horas ao seu adolescente para chegar a casa.

Lembre-se de que a segurança dos filhos nas ruas depende muito dos pais e daquilo que aprendem com estes em casa. A prevenção é interiorizada por rotinas, compete à família ensiná-las aos filhos.

Se o seu filho for vítima de algum tipo de violência, procure ajuda imediatamente. Além das forças policiais, existem instituições que poderão ajudá-lo. Mesmo que uma criança seja vítima de uma ofensa aparentemente insignificante, leve-a a sério e ouça-a com atenção. Acima de tudo, não a culpe pelo que possa ter acontecido. Ninguém merece ser vítima duas vezes – muito menos uma criança.


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A PEDOFILIA

Que há pedófilos é um facto provado (se bem que os mesmos tenham sempre existido, não sendo um fenómeno só de agora); que há redes organizadas (não de pedofilia mas de “carne humana”, o escalão etário é apenas uma especialização exigida pela procura da “clientela”) também é sabido; que todos nós devemos tomar precauções é um facto do senso comum; mas as coisas estão a ir mais além do que é sensato.

Para nos situarmos, importa definir o que é um pedófilo: a palavra “pedofilia” vem do termo grego paidos, que significa criança ou infantil; o dicionário diz que pedofilia é o “grande amor ou dedicação às crianças”; pedófilo é por isso aquele que gosta muito de crianças (sem por isso querer necessariamente ter com elas relações sexuais).

E o pior é que, com este clima de histeria colectiva, se a tia se tivesse dado ao trabalho de fazer uma acusação formal junto das autoridades, é muito provável que o professor tivesse tido problemas, podendo ir até à famigerada “detenção preventiva”, agora muito em moda.
O facto é que estamos mesmo a exagerar. Eu próprio, quando vejo na rua uma criança que, pela sua inocência, beleza ou graça, me enternece e me leva a dizer-lhe algumas palavras e mesmo (horror dos horrores!!!) fazer-lhe uma festa, sinto-me comprometido e pouco à vontade, sabendo como sei que há pessoas à minha volta que podem perfeitamente interpretar o meu gesto deste modo.

Espero que não cheguemos à “perfeição” das escolas americanas, em que há bem pouco tempo um estudante foi expulso por dar um beijo a uma colega; idade dos intervenientes: respectivamente 6 e 5 anos!

Como vimos o termo pedófilo é mal aplicado: pedófilos somos todos nós, pelo amor que sentimos pelas nossas crianças; todavia, só alguns poucos é que, pervertendo esse amor, vão demasiado além e transformam as crianças em objectos sexuais, tal como o fazem também com prostitutas e mesmo com parceiras ocasionais. Acerca disto, o dicionário define como perversão a “passagem moral do bem para o mal, o tornar mau, corromper, desmoralizar, degradar, alterar, desnaturar, desvirtuar”. Um pervertido seria então alguém corrupto, depravado, mau, ruim, malvado, estendendo-se estas características inclusive ao campo sexual. Creio que o termo mais correcto para designar estes indivíduos seria pervertidos.

Mas adiante. Abstraindo-me das causas que levam alguém a um comportamento destes, um pervertido é um doente. Não que isto constitua no plano prático uma desculpa: o psicótico assassino é igualmente um doente e não vou querer conviver com um só porque talvez tenha tido uma infância lixada e sido brutalizado pela família e, ou, pela vida. Isso transcende o âmbito deste artigo, passando ao campo da psiquiatria e psicoterapia.

É só para lhe dizer que não entre “em órbita” apenas porque alguém olhou para o seu rebento, o achou lindo/a, o acariciou e até passou a ter por ele uma simpatia e carinho especiais, podendo (se for um vizinho, amigo da família, etc) passar a brincar com ele, passear, passar tempo, etc.

Tudo isto deve ser encarado com bom senso: se isto acontecer com um vizinho, amigo ou conhecido, pode ser normal; se com um perfeito desconhecido, pode ser normal ou não; mesmo se você for um tipo desconfiado (e quem não o é com as histórias que correm por aí?) dê-lhe o benefício da dúvida, tomando um mínimo de precauções, claro. Doutro modo, acabaremos por tornar a nossa sociedade ainda mais paranóica e cínica do que ela já é. E lembre-se de que, segundo as estatísticas, há mais violações e abusos por parte de parentes e elementos da família que contactam directamente com a criança do que por parte de desconhecidos ou elementos externos. Por outro lado, há também pervertidos femininos.

Então, como proceder? Primeiro, não entrar em paranóia, uma vez que a criança vai captar os seus sinais de ansiedade, por mais subtis que eles sejam. Para aumentar a margem de segurança, deve responder às perguntas da criança sem tabus, com toda a honestidade (de acordo com a sua capacidade etária de compreensão) mas sem entrar em detalhes exagerados que a poderão assustar e tornar temerosa, insegura e anti-social. Se a criança for apoiada e compreendida, sentir-se-á protegida, por isso menos receosa.

Mantenha-se atento e seja sensível às pistas que ela lhe dará: deixe que seja a própria criança a orientá-lo; os sintomas que podem constituir sinais de alerta são perturbações de sono, excitação ou melancolia sem uma causa aparente, dores de cabeça, barriga ou outros sintomas do género, problemas na escola, alterações comportamentais inexplicáveis (enurese, rebeldia, agressividade), etc. Se a criança lhe disser que tem um segredo que não lhe pode contar, investigue indirectamente, não lhe perguntando qual é o segredo mas sim quem lho pediu, quando, onde, etc, até confirmar ou não. Se se recusar a ir a casa de alguém ou a ficar com alguém não a force, mas pergunte-lhe do que é que não gosta em casa de A, ou ao que é que brinca com Z.

As crianças não devem desconfiar de todos os adultos, isso faria com que crescessem duma forma extremamente insegura, provocando sequelas psicológicas inevitáveis. Diga à criança que se deve confiar em quem nos toca, abraça ou beija como amigo, e mostre-lhe na prática a diferença entre um toque amigo e outro que poderá não o ser, pois viola o seu direito à intimidade. Ensine-lhe que ele/a tem todo o direito a dispor do seu próprio corpo e que, se alguém tentar fazer-lhes ou levá-los a fazer algo que viole esse direito, isso é errado e deve ser denunciado imediatamente. É importante estabelecer limites, mas de modo a que a criança não associe isso directamente com sexo, o que poderia fazer com que o considerasse algo sujo e pecaminoso.

O essencial da segurança infantil é constituído por duas palavras: prevenção e controle. Você deve conhecer todos os pormenores que dizem respeito à vida e actividades do seu infante: horários, brincadeiras, locais, colegas, vigilantes, educadores, pessoal empregado, etc. Crie mecanismos de segurança, como códigos (por exemplo, combine que quando a mandar buscar por alguém que ela não conheça lhe dará uma senha secreta que só ambos saibam; as crianças gostam de brincar aos espiões). Conheça e observe os familiares, infelizmente uma parte maioritária das violações e abusos tem lugar no seio da família; padrinhos, pessoas de enorme confiança familiar; saiba sempre onde está o seu filho ou a sua filha, e com quem; nunca deixe o seu filho sozinho no carro, em casa, numa loja, no parque; nunca deixe que brinque sem vigilância na rua, mesmo que acompanhado por outras crianças.


Diga à criança que evite os contactos desnecessários com estranhos, e não lhes forneça quais quer informações; se seguida ou perseguida, se puder deve fugir a correr, dirigindo-se imediatamente a um adulto que esteja dentro duma loja e pedindo-lhe ajuda; se não puder fugir deve gritar. Diga-lhe para andar na rua pelo menos aos pares, nunca sozinha; evite zonas isoladas, escolhendo sempre locais com gente; recuse boleias e presentes de estranhos, e nunca acompanhe um estranho a pé seja onde for; comunicar imediatamente ao polícia (o polícia é um amigo) ou a um adulto próximo quando alguém as molesta (mais tarde aos pais) ou gritar sem parar até o estranho se ir embora; nunca sair de casa sem dizer aonde vai e com quem; quando o seu filho já for à escola, cronometre o percurso e vá levá-lo/ buscá-lo. Quando ele não puder ir à escola avise-os. Quando o seu filho faltar exija que o avisem imediatamente.

Se a criança for ainda muito pequena, não complique e use linguagem e simbologia o mais simples e natural possível. Ensaie os procedimentos de segurança com os seus filhos, de início pelo menos uma vez por semana, depois uma vez por mês. Faça-o numa tónica meio a sério meio a brincar, mas de modo a que eles compreendam que é algo de importante. Desta forma, sem dramatizar e sem lhes criar medos desnecessários, dar-lhes-á uma ferramenta que mais tarde lhes poderá ser muito útil para sobreviver na rua. E, quando eles foram mais velhos, leve-os a treinar prevenção e Defesa Pessoal.

Fonte: Internet & Jykiti Wakongo

1 comment:

Anonymous said...

A verdade é que existe um abuso e arrogância por parte de pessoas que têm dinheiro no nosso país e os turistas estrangeiros que procuram meninas e meninos para se divertirem, aliciando-as com "doces", drogas, e algumas dezenas de dólares para práticas indecentes e imorais... Muitos entram no nosso país, vão até as roças e oferecem guloseimas em troca de informações para venderem no exterior, tiram fotos às crianças e mulheres sem que esclareçam para quê. No estrangeiro, não se tiram fotografias nem se filmam pessoas de qualquer maneira, é preciso ter autorização senão você é preso e paga multa.

Carla